Redação do Site Inovação Tecnológica - 14/12/2012
CubeSats
Satélites artificiais normalmente são lançados do solo, a bordo de foguetes especialmente projetados para isso.
Mas, com a miniaturização, sobretudo os satélites científicos e de avaliação de novas tecnologias estão se tornando cada vez menores.
Já existem várias famílias deles, batizadas de CubeSats, PicoSats e assim por diante, dependendo de suas dimensões - os menores são cubos medindo 10 centímetros de lado e pesando 1,2 quilograma.
Do espaço para o espaço
A Agência Espacial Japonesa (JAXA) acredita que pode haver formas mais eficientes e mais baratas de lançar esses satélites.
E demonstrou isso no primeiro lançamento de satélites ao espaço já feito a partir da Estação Espacial Internacional.
O ônibus espacial Endeavour já havia feito lançamento de picossatélites, mas esta é a primeira vez que o lançamento ocorre da Estação.
Para efetuar o lançamento, a JAXA construíram um módulo que pode ser movimentado de dentro do laboratório Kibo, onde os satélites são montados, ligados e configurados pelos astronautas, até o lado externo, onde o lançamento é realizado.
O módulo possui dois lançadores, cada um podendo conter até três microssatélites.
Vantagens do lançamento espacial
O lançamento dos satélites a partir da Estação Espacial permite que a tripulação ligue os satélites pouco antes do lançamento, ao contrário de quando os satélites são postos nos foguetes, o que pode ocorrer semanas antes do lançamento.
Isto não só prolonga a vida útil das baterias, como também permite que a tripulação possa verificar a funcionalidade dos sistemas e efetuar reparos simples, se for necessário.
Além disso, como os microssatélites, ou CubeSats, são levados para a Estação Espacial embalados de forma segura dentro de um veículo como o ATV europeu ou o HTV japonês, vibrações e alterações ambientais deixam de ser uma preocupação, minimizando o custo e o tempo de desenvolvimento e permitindo aumentar a carga útil.
Segundo a NASA, todas essas possibilidades se traduzirão em uma ampla gama de futuras aplicações para os microssatélites, sobretudo para as observações ambientais.