Com informações do Inpe - 09/02/2011
Maioridade no espaço
Ao completar 18 anos em órbita hoje, 9 de fevereiro, o SCD-1 terá dado 94.994 voltas ao redor da Terra.
Primeiro satélite desenvolvido pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o SCD-1 se mantém operacional e retransmitindo informações para a previsão do tempo e monitoramento das bacias hidrográficas, entre outras aplicações.
O lançamento do SCD-1 pelo foguete norte-americano Pegasus, em 1993, foi o início da operação do Sistema de Coleta de Dados Brasileiro, agora chamado de Sistema Nacional de Dados Ambientais (Sinda).
O sistema é baseado em satélites de órbita baixa que retransmitem as informações ambientais recebidas de um grande número de plataformas de coleta de dados (PCDs) espalhadas pelo Brasil.
Este sistema fornece dados para instituições governamentais e do setor privado, que desenvolvem aplicações e pesquisas em diferentes áreas, como previsão meteorológica e climática, estudo da química da atmosfera, controle da poluição e avaliação do potencial de energias renováveis.
Sistema Nacional de Dados Ambientais
O satélite capta os sinais das plataformas de coleta de dados, instaladas por todo o território nacional, e os envia para a estação de recepção e processamento do Inpe, em Cuiabá (MT).
Depois os dados são transmitidos para o Inpe Nordeste, o centro regional do Instituto localizado em Natal (RN), onde são processados e distribuídos aos usuários.
Atualmente, o sistema é composto pelos satélites SCD-1 e SCD-2, este lançado em 1998. A modernização e revitalização do sistema SCD é uma das prioridades de desenvolvimento e atuação do Inpe, principalmente para atender à demanda de alerta de desastres naturais.
Satélite SCD-1
O SCD-1 é um satélite de coleta de dados com 1 metro de diâmetro e 1,45 metro altura, pesando 115 quilogramas.
Seus instrumentos consomem 110 watts de energia, fornecidos por um painel solar.
O SCD-1 circula em volta da Terra seguindo uma órbita circular de 750 km de altitude, com 25 graus de inclinação.