Com informações da Agência Brasil - 20/07/2015
O primeiro nanossatélite do Sistema Espacial para Realização de Pesquisas e Experimentos com Nanossatélites, da Agência Espacial Brasileira (AEB), já está em Tsukuba, no Japão, para ser integrado ao foguete que vai transportá-lo no dia 16 de agosto para a Estação Espacial Internacional.
O pequeno satélite será colocado em órbita em volta da Terra em outubro. O lançamento será feito pela Jaxa, agência espacial japonesa, porque o Brasil não tem um foguete capaz de colocar artefatos em órbita.
O laboratório japonês Kibo possui um dispositivo de lançamento que ejeta os nanossatélites como se eles fossem pequenos projéteis. Esse lançamento, em baixa velocidade, dispensa a inclusão de sistemas de propulsão nos nanossatélites, barateando muito o seu custo.
Com a estrutura de um paralelepípedo e pesando 3,5 quilos, o nanossatélite Serpens é voltado para o desenvolvimento de recursos humanos - o treinamento dos estudantes que o projetaram e construíram.
"Após 30 minutos do lançamento no espaço, o sistema será ligado, e as antenas, liberadas, deixando o satélite pronto para receber comunicações da Terra," explicou Brenno Popov, estudante de engenharia aeroespacial da Universidade de Brasília, uma das universidades responsáveis pelo projeto e construção do Serpens.
Ele afirma que o desafio do projeto é provar a capacidade desses pequenos satélites na transmissão dados, recebendo e devolvendo mensagens que podem ser baixadas de qualquer lugar do planeta.
"Como é um satélite universitário, que os estudantes ajudam a desenvolver, não há certeza de que vai funcionar. Mas, por ser uma plataforma barata, de fácil manuseio, se der problema, a perda é pequena," justificou Brenno. O satélite a ser lançado custou R$ 400 mil, mas o projeto todo teve um orçamento de R$ 3 milhões, incluindo a locação de equipamentos e o modelo de voo.