Com informações da AEB e Agência Brasil - 17/09/2015
Serpens
O nanossatélite brasileiro Serpens, desenvolvido pela Agência Espacial Brasileira (AEB) em parceria com várias universidades, foi lançado na manhã de hoje a partir da Estação Espacial Internacional.
O lançamento do satélite foi feito por um equipamento especial de ejeção instalado no laboratório Kibo da estação, pertencente à Agência Espacial Japonesa (Jaxa).
Juntamente com o Serpens, também foi colocado em órbita o satélite japonês S-Cube, projetado pelo Instituto de Tecnologia Chiba.
O nanossatélite está em órbita a uma altitude de cerca de 400 quilômetros e funcionou da forma prevista, sendo capaz de receber e devolver mensagens que podem ser baixadas de qualquer lugar do planeta.
Sem créditos
Cerca de 30 minutos após o lançamento, o sistema foi ligado e as antenas liberadas, deixando o pequeno satélite pronto para se comunicar com a Terra.
"Um radioamador brasileiro captou sinais e nos enviou. Decodificamos os sinais de identificação e comprovamos que é mesmo o Serpens," relatou o diretor de satélites da AEB, Carlos Gurgel, sem dar os créditos ao radioamador que prestou seus serviços ao projeto.
O nanossatélite deverá ficar em órbita por cerca de 6 meses, tempo em que vai perdendo a velocidade até reentrar na atmosfera terrestre, desintegrando-se com o calor.
O Serpens é o terceiro cubesat nacional a ser colocado no espaço, sendo o segundo a ser lançado da Estação Espacial - o outro foi o Aesp-14. Já o pioneiro NanosatC-Br1 foi lançado por um foguete russo.
Experimentos com Nanossatélites
O nanossatélite Serpens é o primeiro do projeto Sistema Espacial para Realização de Pesquisa e Experimentos com Nanossatélites, um consórcio entre a AEB e universidades federais para o desenvolvimento de nanossatélites de baixo custo por estudantes universitários.
Participam do projeto a Universidade de Brasília (UnB), universidades federais do ABC (Ufabc), de Santa Catarina (UFSC), de Minas Gerais (UFMG) e o Instituto Federal Fluminense (IFF). O objetivo é capacitar profissionais e consolidar novos cursos de engenharia espacial.
Essa primeira missão do projeto Serpens está sendo coordenada pela Universidade de Brasília, mas a proposta é que as instituições envolvidas revezem a liderança. A previsão é que a Universidade Federal de Santa Catarina coordene o desenvolvimento do Serpens 2.