Com informações da Agência Brasil - 26/07/2023
Satélites para monitorar Amazônia
A ministra da Ciência e Tecnologia, Luciana Santos, propôs ao administrador da agência espacial dos Estados Unidos (Nasa) que os dois países se juntem para desenvolver novos satélites e tecnologias aeroespaciais para monitorar a Amazônia.
A proposta foi feita a Bill Nelson, que está em visita ao Brasil, durante reunião realizada no Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), em São José dos Campos (SP).
O representante da agência norte-americana está em visita ao país para tentar ampliar a parceria no monitoramento do desmatamento da floresta Amazônica e em ações de preservação, mas usando satélites já existentes.
"Essa é uma proposta que o administrador da Nasa trouxe na visita ao presidente Lula. No caso específico, é a gente ter acesso aos dados de satélites que já estão sendo lançados. E nós estamos propondo uma outra possibilidade, que seria a gente desenvolver conjuntamente outras iniciativas," disse a ministra.
Hoje, o monitoramento da Amazônia é feito pelos satélites de sensoriamento remoto CBERS e Amazônia-1 - esse último totalmente brasileiro.
Novas tecnologias
Uma nova tecnologia em desenvolvimento pelo Inpe, chamada Radar de Abertura Sintética (SAR), vai permitir a geração de dados em qualquer condição climática, já que o sistema "vê" através das nuvens, o que é fundamental na região amazônica.
De acordo com o administrador da Nasa, a agência propõe ao Brasil o acesso aos dados de dois satélites, já em fase de lançamento. Um deles, desenvolvido em parceria com a Índia, deverá ser lançado no próximo mês de janeiro. O equipamento conseguiria, de acordo com Nelson, "enxergar" inclusive através da copa das árvores.
"Ele será capaz de olhar através da copa da floresta para que possamos ver se alguém queimou a vegetação rasteira que acabaria matando as árvores grandes," disse. "Leva anos e anos para desenvolver esses satélites. [No satélite que será lançado em janeiro], as informações estarão disponíveis agora."