Com informações da BBC - 27/06/2018
Hayabusa
Após uma viagem de três anos e meio, a sonda japonesa Hayabusa 2 chegou ao asteroide Ryugu, mostrando que ele tem um curioso formato de losango.
A grande expectativa desta missão é que ela deverá fazer um furo no asteroide para recolher amostras de seu interior, e trazer essas amostras de volta à Terra.
Antes disso, porém, ela vai estudar cuidadosamente o asteroide, usando quatro pequenas sondas e um módulo de pouso.
Depois que os estudos à distância forem completados, a Hayabusa 2 irá lançar um projétil de cobre - chamado de "impactor". Depois que a sonda se afastar até uma distância segura, uma carga explosiva contida no projétil será detonada para lançá-lo em alta velocidade na direção da superfície do asteroide e, com o impacto, criar uma cratera.
Será desta cratera que será retirado o material que será trazido de volta à Terra. A superfície do asteroide está desgastada e alterada por eras de exposição ao ambiente do espaço. É por isso que a missão pretende capturar amostras das partes mais profundas possíveis do corpo celeste.
Esse processo todo deverá durar cerca de um ano e meio. A Hayabusa 2 deverá deixar o asteroide Ryugu em dezembro de 2019 e chegar de volta à Terra em 2020.
A primeira sonda Hayabusa foi lançada em 2003 e aterrissou no asteroide Itokawa em 2005. Apesar de ter enfrentado uma série de contratempos, ela retornou à Terra em 2010 com uma pequena quantidade de amostras do asteroide, trazendo inclusive um mineral que não existe na Terra.
Asteroides
O asteroide Ryugu tem cerca de 900 metros de largura e está a aproximadamente 290 milhões de quilômetros da Terra.
A partir das amostras coletadas, os cientistas esperam avançar nos estudos sobre a origem e evolução do Sistema Solar.
Acredita-se que os asteroides sejam essencialmente sobras de material da formação do Sistema Solar, há 4,6 bilhões de anos. Eles contêm água, compostos orgânicos (à base de carbono) e até metais preciosos. É por isso que há empresas interessadas em minerá-los.