Redação do Site Inovação Tecnológica - 27/10/2009
Caçadora de cometas
Rosetta, a sonda espacial "caçadora de cometas" da Agência Espacial Europeia (ESA), irá aproximar-se da Terra no próximo dia 13 de Novembro para ganhar energia orbital e começar a etapa final da sua viagem de 10 anos, até o exterior do Sistema Solar.
Está previsto que a sonda realize diversas observações do sistema Terra-Lua antes rumar até ao cometa 67/P Churyumov-Gerasimenko, onde um módulo da sonda tentará pousar no cometa.
Esta será a terceira aproximação da Terra e a última das quatro assistências gravitacionais que a Rosetta precisa fazer para alcançar a sua trajetória final. Está previsto que a sonda alcance o ponto mais próximo da Terra às 05h45 do dia 13 de Novembro, no horário de Brasília.
Esta manobra dará à Rosetta o impulso necessário para continuar a viagem até ao exterior do Sistema Solar.
Pousando em um cometa
Em sua jornada, está programado um encontro com o asteroide Lutécia (21 Lutetia), em Julho do próximo ano.
A nave Rosetta chegará ao seu destino final em Maio de 2014.
O ponto alto da missão será a liberação do módulo Philae, que pousará no cometa 67/P Churyumov-Gerasimenko para estudar a sua superfície.
A sonda Rosetta acompanhará o cometa na sua viagem em direção ao Sol, estudando-o de perto durante os dois anos seguintes.
Rasante sobre a Terra
Quando se aproximar da Terra no próximo mês, a Rosetta terá viajado cerca de 4.500 milhões de quilômetros desde o seu lançamento, ocorrido em Março de 2004.
A sonda passará pela Terra a 13,3 km/s, sobrevoando o Oceano Índico a 109°E, 8°S, ao sul da ilha indonésia de Java. A manobra de assistência gravitacional aumentará a velocidade da nave em 3.6 km/s, relativamente ao Sol.
A equipe de controle da missão realizará uma série de ações críticas antes e depois da passagem pela Terra para assegurar que a Rosetta esteja na trajetória correta.
Os eventos mais importantes são as manobras de correção da trajetória. A primeira delas foi realizada no dia 22 de Outubro. Outras três estão previstas para que a sonda siga a trajetória de aproximação correta.
Apesar da passagem pela Terra ser crítica para conseguir a velocidade necessária para alcançar o seu destino final, a proximidade com o nosso planeta será aproveitada para o estudo do sistema Terra-Lua. Os instrumentos da sonda, que estão em estado de hibernação, serão ativados na semana anterior à passagem pela Terra.