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Robótica

Estudantes espanhóis querem enviar robô esférico para a Lua

Redação do Site Inovação Tecnológica - 24/03/2010

Estudantes espanhóis querem enviar robô esférico para a Lua
O protótipo atual escala dunas de areia com inclinação de até 33 graus, mostrando a eficiência do sistema de propulsão autocontido - inclinações muito menores fazem qualquer bola rolar para baixo.
[Imagem: UPC]

Google Lunar X Prize

Um grupo de estudantes da Universidade Politécnica da Catalunha, na Espanha, pretende enviar um minirrobô esférico para a Lua.

Batizado de PicoRover, o pequeno robô pretende coletar algumas imagens da Lua e ganhar o Google Lunar X Prize, um prêmio de US$20 milhões para a primeira equipe que conseguir pousar um pequeno robô na Lua, fazê-lo movimentar-se por pelo menos 500 metros e transmitir a proeza em vídeo para a Terra.

O grupo, coordenado pelo professor Joshua Tristancho Martínez, também faz parte da Equipe FredNet, um esforço internacional que congrega pesquisadores e estudantes de dezenas de universidades, todos com o mesmo objetivo de ganhar o Google Lunar X Prize.

Robô esférico

O primeiro protótipo do robô esférico, pesando menos de um quilograma, ficou pronto em 2007, mostrando-se capaz de subir inclinações de até 30 graus, rolando por cima de pedras ou areia fina. O "computador" do PicoRover é um microcontrolador ultra miniaturizado, pesando apenas dois gramas.

Agora o grupo está trabalhando na segunda versão do PicoRover, uma bola com 12 centímetros de diâmetro, no interior da qual estão acondicionados o motor para fazê-la girar pelo solo lunar, uma bateria, um sistema de controle remoto e uma câmera de vídeo de alta definição.

O conjunto todo pesa menos de 250 gramas. Além da simplicidade, um robô leve exigirá um foguete de pequeno porte para levá-lo até a Lua, o que poderá facilitar o trabalho de encontrar um parceiro para fazer o lançamento.

Robô rolante

O PicoRover está sendo construído com materiais de baixo custo, o que inclui um bulbo de lâmpada incandescente, folhas de alumínio e fiação de cobre. Segundo os pesquisadores, esse material é suficiente para proteger o robô das elevadas temperaturas que ele encontrará na Lua.

Os estudos também indicaram que um robô rolante é mais eficiente - e muito mais simples de construir - do que um robô com rodas. Um sistema rotativo de contrapesos faz o robô se deslocar mesmo sobre uma duna de areia na praia. Muito menos areia fez o robô Spirit ficar atolado em Marte.

Mecanismo de contrapesos

O mecanismo de movimentação possui um motor que aciona um contrapeso sobre uma cremalheira circular, criando um efeito parecido com o de um boneco joão-bobo. A diferença é que, ao invés de retornar à posição original, o movimento do motor faz com que a esfera continue avançando na direção desejada - essencialmente um joão-bobo rolante.

O protótipo atual escala dunas de areia com inclinação de até 33 graus, mostrando a eficiência do sistema de propulsão autocontido - inclinações mesmo ligeiras fazem qualquer bola rolar para baixo.

Um outro sistema de contrapesos mecânicos garante que a janela de vidro, no interior da qual está a câmera de vídeo, fique sempre na horizontal, qualquer que seja a posição do robô.

Robôs agindo em grupo

Os pesquisadores afirmam que o PicoRover pode funcionar isoladamente ou como parte de uma rede de robôs atuando coordenadamente.

Cada PicoRover individual poderia então se tornar um elemento de uma rede, comunicando-se por sinais de rádio. A única exigência é que eles não se espalhem por um raio maior do que 100 metros, que é o alcance do seu transmissor.

Se isto puder de fato ser feito, o trabalho abre a possibilidade de criar redes de sensores para exploração da Lua, capazes de cobrir, em muito menos tempo, áreas muito maiores do que seria possível com um único robô.

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