Redação do Site Inovação Tecnológica - 28/07/2008
Moto elétrica nacional
A Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e a concessionária de energia CPFL uniram-se para desenvolver uma nova motoneta elétrica que deverá estar disponível no mercado brasileiro em 2009.
O objetivo é ter uma moto elétrica que custe em torno de R$ 3 mil, que possa ser financiada, que não faça ruídos e não cause poluição.
"A nossa meta de custo é fazer com que esse veículo seja competitivo com a moto tradicional à gasolina. Não vai poluir e vai fazer bem ao bolso de quem compra porque tem um custo por quilômetro operacional muito menor que o da gasolina," afirmou o vice-presidente de Gestão de Energia da CPFL, Paulo Cezar Coelho Tavares.
Autonomia e velocidade máxima
O primeiro protótipo da moto elétrica brasileira esteve em exposição durante a reunião da SBPC, que aconteceu em Campinas (SP). A cooperação com a Unicamp visa resolver dois problemas técnicos antes que a moto elétrica comece a ser comercializada.
O primeiro desafio é fazer com que o veículo tenha uma autonomia maior, em torno de 150 quilômetros - hoje a moto consegue rodar apenas 50 quilômetros antes que suas baterias precisem ser recarregadas. O segundo desafio é aumentar a velocidade final do veículo - o protótipo tem uma velocidade máxima de 60 km/h.
Baterias mais eficientes
Além disso, o tempo atual de recarga das baterias é de 4 horas e o objetivo é reduzi-lo para 2 horas. "Essa moto tem baixo custo de transporte, na faixa de 1 centavo por quilômetro. O objetivo é desenvolver uma nova tecnologia para melhorar a bateria e também a economicidade do projeto, fazendo com que essa bateria dê mais autonomia, mas a um custo que compense," disse Tavares.
De acordo com Luiz Antônio Rossi, coordenador do Núcleo Interdisciplinar de Planejamento Energético (Nipe) da Unicamp, que será responsável pelo desenvolvimento da moto elétrica, as pesquisas se concentrarão em áreas como a otimização da tração do veículo em diferentes condições de uso e tipos de terreno encontrados no Brasil, ampliação de autonomia e redução do tempo de recarga da bateria.
Uma das primeiras modificações deverá ser a substituição das baterias, que no protótipo são de baterias chumbo-ácidas comuns, como as utilizadas em automóveis. A opção deverá recair nas baterias de íons de lítio, menores, mais leves e com maior densidade de carga.