Redação do Site Inovação Tecnológica - 21/11/2014
Quase sucesso
Depois do feito da sonda europeia Rosetta e do seu robô Philae, que pousou sobre um cometa, a agência espacial japonesa (JAXA) prepara-se para repetir o feito, só que pousando sobre um asteroide.
A sonda espacial Hayabusa 2 será lançada do Centro Espacial Tanegashima no próximo dia 30 de Novembro.
A Hayabusa 1 teve um sucesso relativo, muito similar ao do Philae: ela tocou o asteroide Itokawa em novembro de 2005 e não conseguiu capturar as amostras do solo no volume esperado porque não conseguiu um contato firme com ele.
A diferença da missão é que a Hayabusa trouxe de volta as amostras para a Terra. Embora tenham chegado apenas pequenos grânulos de poeira do asteroide, eles foram suficientes para identificar um mineral que não existe na Terra.
Robô e projétil no asteroide
Esse "quase sucesso absoluto" fez com que a agência espacial japonesa rapidamente começasse a construir a Hayabusa 2, que deverá chegar em Junho de 2018 ao asteroide 1999 JU3, uma rocha de cerca de 1 km de diâmetro que orbita o Sol.
A sonda ficará seis meses estudando o asteroide, devendo começar a viagem de volta em dezembro daquele ano, chegando à Terra com as tão esperadas amostras em 2020.
A parte mais esperada da missão será o pouso no asteroide. A própria Hayabusa, a exemplo da sua versão anterior, deve tocar o asteroide para estudá-lo, usando um coletor que sugará amostras para dentro da cápsula de retorno.
Além disso, ela liberará o pequeno robô Mascot (Mobile Asteroid Surface Scout, explorador móvel da superfície do asteroide, em tradução livre). O robô é uma colaboração das agências espaciais francesa e alemã à missão.
Além de estudar a superfície e coletar amostras, o robô Mascot tem o diferencial de poder saltar - de forma controlada - para diferentes locais, estudando a geologia do asteroide de forma mais ampla.
Outro experimento que viajará a bordo da Hayabusa 2 é o SCI (Small Carry-on Impactor, pequeno projétil portátil, em tradução livre). Ele irá disparar uma pequena carga explosiva na superfície do asteroide, permitindo que os instrumentos da sonda espacial analisem o que o asteroide esconde abaixo de sua superfície.