Redação do Site Inovação Tecnológica - 05/05/2011
Exploração planetária
Em 2009, o professor Wolfgang Fink propunha que uma frota integrada de robôs espaciais autônomos seria uma abordagem mais eficaz para explorar outros mundos do que os robôs espaciais de hoje.
"Nós estamos trocando a abordagem tradicional de uma única nave espacial robótica, sem nenhuma redundância e comandada a partir da Terra, por outra abordagem, que permitirá ter múltiplos robôs descartáveis de baixo custo, capazes de comandarem a si próprios e se comunicar com vários outros robôs em outros locais," dizia então Fink, ao iniciar um programa de desenvolvimento junto à NASA.
Dois anos depois, agora na Universidade do Arizona, o engenheiro está mostrando os primeiros resultados de sua nova abordagem.
Robô cientista, robô operário e mais
O trabalho consiste na construção de uma frota de robôs cientistas que pode aumentar em número e em qualidade, agregando novas capacidades, com robôs capazes de explorar o clima, a geologia e a biologia, entre outros.
O conceito inclui também robôs foperários, para fazer trabalhos específicos, como construção de abrigos, mineração e até conserto de espaçonaves.
A equipe já desenvolveu o sistema de reconhecimento planetário, incluindo um satélite em órbita, um dirigível robótico, robôs autônomos de superfície e robôs marítimos.
Os robôs marinhos e de superfície, dotados de inteligência e autonomia, teriam a capacidade de selecionar as melhores áreas de exploração para a coleta de amostras e a aquisição de dados em cada área científica de sua atuação.
Robôs na plataforma Mac
A estrutura da frota de robôs em três camadas - superfície, ar e espaço - garante uma intercomunicação praticamente instantânea entre os robôs.
Hoje, são necessárias horas para que um satélite em órbita transmita as ordens recebidas da Terra para o robô na superfície e vice-versa.
Outra novidade dos robôs espaciais do professor Fink é que todos rodam em uma plataforma Mac Mini e são controlados por dispositivos como o iPod e o iPhone.