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Cosmos 1 cai no mar e vôo solar é adiado

Redação do Site Inovação Tecnológica - 27/06/2005

Cosmos 1 cai no mar e vôo solar é adiado
Ainda não foi desta vez que a Planetary Society conseguiu testar sua teoria de velas espaciais solares.
[Imagem: Planetary Society]

A Planetary Society finalmente admitiu que a Cosmos 1, a primeira espaçonave que iria testar o conceito de velas solares, nem mesmo chegou a entrar em órbita.

"Nossa espaçonave não chegou a ter nem mesmo a chance de tentar," lamentou-se Louis Friedman, idealizador e realizador do projeto.

Falha geral

O foguete russo Volna, um antigo míssil nuclear adaptado para a colocação de pequenos satélites em órbita da Terra, falhou 83 segundos depois do lançamento - veja Cosmos 1 vai testar velas solares como meio de propulsão.

As causas da falha ainda não foram esclarecidas, mas o controle de vôo afirmou que o motor do primeiro estágio do foguete simplesmente parou de funcionar. Não foram encontrados ainda destroços do foguete e da Cosmos 1.

O blog da Planetary Society foi um dos mais visitados do mundo nos últimos dias, com o excesso de tráfego fazendo com que o site ficasse inoperante por várias vezes.

Os últimos dias foram tensos e de muita torcida. Observatórios do mundo todo tentaram ajudar a rastrear a espaçonave, a partir do momento que duas estações de recepção russas afirmaram ter captado um fraco sinal que poderia ter-se originado da pequena espaçonave.

Esses sinais ainda são um mistério e os cientistas não sabem sua origem. Se, como os técnicos russos disseram, o foguete e a nave caíram no mar antes que o primeiro estágio do foguete se separasse, de onde vieram essas transmissões, na exata frequência da Cosmos 1? Só uma investigação detalhada poderá tentar responder.

Ciência por amor

Apesar desses sinais e de vários outros comentários encorajadores nas horas que se seguiram ao lançamento, finalmente a equipe se dissipou e todos voltaram para suas casas.

Isso demonstra o quão inusitado era o projeto da Cosmos 1. Cada um dos seus membros tem sua própria ocupação profissional e participou da operação quase que num regime de tempo parcial. A missão toda custou meros US$4 milhões, uma pechincha em se tratando de exploração espacial.

A Planetary Society é uma fundação presidida pela viúva do falecido astrônomo Carl Sagan.

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