Redação do Site Inovação Tecnológica - 19/08/2002
Poeira de estrelas
A nave Stardust, em sua missão de coletar amostras de cometas, retornando à Terra com estas amostras, começou a coletar minúsculas partículas sólidas, chamadas de grãos de poeira interestelar, que ficam disseminadas pela galáxia.
"Se você olhar para a Via Láctea em uma noite escura, você poderá ver uma faixa escura em seu centro. Esta faixa é a poeira interestelar bloqueando a luz de estrelas distantes. São estas partículas que a Stardust irá coletar", disse o Dr. Don Brownlee, professor de astronomia da Universidade Washington, o principal cientista da missão Stardust.
Esta poeira, passando através do Sistema Solar como um vento, é feita de partículas menores do que um centésimo da largura de um fio de cabelo humano. As partículas são feitas de quantidades variadas da maioria dos elementos da tabela periódica.
Coletor de pó
A Stardust irá utilizar seu famoso "aerogel" (saiba mais sobre o aerogel), o sólido mais leve do mundo, para tentar capturar estas partículas à medida em que a nave viaja no meio desta poeira. A Stardust deverá permanecer no meio desse vento de partículas até Dezembro de 2002.
O coletor de poeira cósmica tem o formato de uma raquete de tênis, dotado de duas juntas.
Um dos lados está sendo utilizado para coletar a poeira cósmica. A partir de 2004, quando a nave se aproximar do cometa Wild 2, o outro lado do coletor será utilizado para coletar poeira e gases emanados do cometa.
Quando a nave retornar à Terra, em 2006, os cientistas retirarão as partículas do aerogel, e poderão estudá-las diretamente.
As partículas da poeira espacial são relativamente jovens, sendo fruto da atual geração de estrelas e galáxias. Já a poeira dos cometas tem cerca de 4,5 bilhões de anos. Comparando a poeira jovem e velha, os cientistas poderão entender melhor a evolução das galáxias.