Redação do Site Inovação Tecnológica - 12/11/2018
Drone tripulado
Engenheiros da Universidade Nacional de Ciência e Tecnologia da Rússia, em parceria com a empresa Bartini, apresentaram um primeiro protótipo do que deverá ser essencialmente um drone grande o suficiente para levar pessoas.
A Bartini planeja financiar o restante do desenvolvimento do que ela chama de "táxi aéreo pessoal" para apresentar o veículo ao mercado comercial até 2020.
O táxi aéreo funcionará com três princípios principais: propulsão elétrica, asas móveis e decolagem e aterrissagem verticais.
O quadricóptero decola verticalmente como um helicóptero e depois acelera em um plano horizontal girando seus propulsores perpendicularmente à fuselagem para que ele possa continuar voando como um avião. O pouso ocorre na ordem inversa, operando nos mesmos princípios.
"As funções de um quadricóptero, uma asa voadora e um convertiplano foram todas implementadas em nosso veículo elétrico voador," disse Vitaly Salatov, coordenador técnico da equipe.
O protótipo tem a escala de 1:2. O corpo é feito de materiais poliméricos e fibra de carbono, com o aço se restringindo aos eixos dos motores. Estes, por sua vez, são acionados por baterias de lítio.
Pesando 60 kg, o protótipo atingiu 200 km/h, operado por controle remoto.
Nova tecnologia de hidrogênio
Já a equipe espanhola liderada por María Pilar Borja e José Mata está se concentrando em um carro a hidrogênio.
Não parece exatamente uma novidade, sobretudo porque já existem veículos de linha com esse combustível.
Contudo, o protótipo está avaliando um novo processo, patenteado pela equipe, que permite a produção, armazenamento e transporte do hidrogênio de forma mais eficiente usando "portadores orgânicos líquidos".
Esses líquidos orgânicos portadores de hidrogênio resultam da combinação entre um silano e um álcool que, na presença de um catalisador, permite a geração de hidrogênio de maneira rápida e controlada. Sua principal vantagem é que a produção de hidrogênio é realizada a pressão e temperatura atmosféricas.
"É um processo versátil do ponto de vista químico, porque existem muitas combinações de hidrossilanos e álcoois que podem ser usados e os riscos de segurança derivados do armazenamento do gás sob alta pressão são evitados," disse Mata.
O hidrogênio alimenta uma célula a combustível, que produz eletricidade e alimenta os motores elétricos do veículo.
"Os resultados que obtivemos nesses testes são muito positivos. Agora, devemos continuar trabalhando para que essa pesquisa atinja o mercado automobilístico. Para isso, nosso próximo desafio será melhorar a eficiência da recuperação do silano inicial, bem como aumentar a quantidade de hidrogênio armazenada neste silano, que nos estudos realizados é de 6% em peso," disse Hermenegildo García, membro da equipe.