Com informações da Agência Brasil - 09/08/2016
Inova Mineral
O BNDES e a Finep estão disponibilizando recursos de R$ 1,18 bilhão para financiar projetos de inovação sustentáveis na área de mineração.
Para orientar o processo, as duas instituições lançaram o Inova Mineral, ou Plano de Desenvolvimento, Sustentabilidade e Inovação no Setor de Mineração e Transformação Mineral.
Um edital do Inova Mineral orienta as empresas sobre o processo de seleção dos planos de negócios que serão apoiados pelo programa.
Estão no foco das agências o desenvolvimento de tecnologias de produção de materiais aplicados na geração de energia solar e eólica, e em dispositivos acumuladores de energia, essenciais, por exemplo, para o desenvolvimento do mercado de carros elétricos.
De acordo com o BNDES, esses materiais, à base de silício, lítio e terras raras, são determinantes para a evolução desses setores, que trarão impactos ambientalmente positivos. Terão destaque também tecnologias dedicadas à recuperação e ao reaproveitamento de resíduos da mineração, métodos mais sustentáveis de deposição e monitoramento e controle de riscos ambientais e de barragens.
O edital está aberto a empresas brasileiras e instituições científicas tecnológicas (ICTs) que queiram formalizar parcerias em projetos de empresas proponentes de planos de negócio, cujo valor mínimo alcança R$ 5 milhões. Os projetos têm prazo de execução de até 60 meses e deverão ser desenvolvidos no Brasil.
Apoio à indústria química
BNDES e Finep estão levando adiante também o Padiq (Plano de Apoio ao Desenvolvimento e Inovação da Indústria Química), que já selecionou 27 projetos. Os investimentos totais do Padiq chegam R$ 2,4 bilhões.
O foco principal dos recursos (70%) são projetos químicos a partir de fontes renováveis. As restantes cinco áreas temáticas do programa são fibras de carbono, insumos para higiene pessoal e cosmético, aditivos químicos para alimentação animal, aditivos químicos para exploração e produção de petróleo e derivados de silício.
Os projetos poderão abranger desde pesquisa e desenvolvimento para substituição de produtos alergênicos ou carcinogênicos, até o desenvolvimento de fibras de carbono para os setores aeroespacial e de petróleo e gás, entre outros, passando pelo desenvolvimento de fragrâncias a partir de frutas, flores e plantas brasileiras.
Dos 27 projetos escolhidos, 12 foram apresentados por micro, pequenas e médias empresas.