BBC - 03/12/2009
Astrônomos da Universidade de Manchester, na Grã-Bretanha, descobriram uma das estrelas mais quentes da galáxia, com uma temperatura 35 vezes maior do que a temperatura do Sol.
Segundo os cientistas, esta é a primeira vez que a estrela, que fica na Nebulosa do Inseto, foi observada e retratada. A sua temperatura é superior a 200 mil graus Celsius.
"Esta estrela foi muito difícil de ser encontrada porque ela está escondida atrás de uma nuvem de poeira e gelo no meio da nebulosa", disse o professor Albert Zijlstra, da Universidade de Manchester.
Futuro do Sol
De acordo com o pesquisador, nebulosas planetárias como a do Inseto se formam quando estrelas que estão morrendo ejetam gás no espaço.
"Nosso Sol vai fazer isso em cerca de cinco bilhões de anos. A Nebulosa do Inseto, que está a cerca de 35 mil anos-luz [da Terra,] na constelação de Escorpião, é uma das nebulosas planetárias mais espetaculares."
"Nós fomos extremamente sortudos que tivemos a oportunidade para capturar esta estrela próximo ao seu ponto mais quente. De agora em diante ela vai se resfriar na medida em que vai morrendo", disse o autor do artigo, Cezary Szyszka, que trabalha no European Southern Observatory.
Mecanismo desconhecido
Zijlstra e sua equipe usaram o telescópio Hubble para encontrar a estrela. Em setembro, o telescópio foi reformado, com a instalação de mais uma câmera.
As imagens capturadas pelo Hubble serão publicadas na próxima semana na revista científica Astrophysical Journal.
"Este é um objeto verdadeiramente excepcional."
Segundo o cientista Tim O'Brein, da Universidade de Manchester, ainda não se sabe como uma estrela do tipo ejeta sua massa para formação de nebulosas.