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Descobertas oito pequenas galáxias orbitando a Via Láctea

Com informações do Linea - 12/03/2015

Descobertas oito pequenas galáxias orbitando a Via Láctea
O painel da direita assinala as estrelas - vistas na imagem da esquerda - com grande (em vermelho) e baixa (em azul) probabilidade de serem membros de uma das galáxias anãs, mostrando o quanto é difícil identificar esses objetos.
[Imagem: DES]

Galáxias anãs

Duas equipes independentes de astrônomos - uma do levantamento DES (Dark Energy Survey) e outro da Universidade de Cambridge, na Inglaterra - anunciaram o descobrimento de oito novos sistemas estelares satélites da nossa galáxia, a Via Láctea.

Os oito sistemas estelares recém-descobertos são objetos constituídos por estrelas velhas e pobres em elementos químicos pesados, o que é típico das estrelas situadas no halo estelar, o componente mais externo da Via Láctea.

Eles variam em tamanho e distância, mas a maioria tem propriedades mais parecidas com as de uma galáxia anã do que com um aglomerado estelar. Ao serem confirmadas como galáxias anãs, esta descoberta aumenta em um terço o número destes objetos conhecidos e que orbitam em torno da Via Láctea.

"A importância desse achado está não apenas no aumento do censo de satélites da galáxia, mas também no fato de que as propriedades desse sistema de satélites permitem testar os modelos de formação de estruturas cósmicas", explica o coordenador da equipe brasileira do DES, Basílio Santiago.

Modelo cosmológico

A presença e o número dessas galáxias anãs presentes em torno das grandes galáxias têm estado no centro de uma discussão sobre a validade do modelo cosmológico padrão atualmente adotado.

O modelo mais aceito atualmente é de um universo formado por energia escura - um componente misterioso que faz com que ele se expanda de forma acelerada - e por matéria escura, um tipo diferente da matéria que conhecemos.

Esta última seria constituída por prótons, nêutrons e elétrons que se agrupam nos elementos da tabela periódica. As simulações de galáxias como a nossa usando esse modelo parecem prever um número bem maior de satélites do que o observado, daí a necessidade de se ter um censo o mais completo possível para avaliar se o modelo precisa ser revisto.

Outro aspecto importante é o de que as galáxias anãs do halo galáctico seriam justamente os objetos mais ricos em matéria escura. Seu estudo detalhado, correlacionando esses objetos com mapas de emissão de raios gama, por exemplo, permite conhecer melhor a natureza da partícula de matéria escura que parece dominar a gravidade dentro da galáxia e distribuída em todo o universo.

Os raios gama podem resultar eventos de aniquilação dessas partículas, sendo que a quantidade de eventos de aniquilação depende das propriedades da partícula, entre elas, a massa.

A análise dos mapas de raios gama na direção desses novos satélites está sendo apresentada em outro artigo científico, fruto de observações com a colaboração do Telescópio de Grande Área (Large Area Telescope - LAT).

Até o momento não foram encontrados excessos significativos de raios gama para os objetos recém-descobertos.

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