Redação do Site Inovação Tecnológica - 24/08/2006
Há poucos dias vimos as primeiras experiências com antenas que poderão ser pintadas em balões e dirigíveis. Agora, pesquisadores do Instituto de Tecnologia da Geórgia, Estados Unidos, estão começando a testar um novo material que poderá ser a base para a construção de uma nova geração de antenas para operação no espaço.
As novas antenas serão construídas com um material chamado "cristal líquido polimérico" (LCP), um plástico super fino, que pode ser utilizado como revestimento em estruturas de qualquer formato. Os primeiros testes mostraram que o novo material resiste bem às condições ambientais extremas do espaço.
Mais importante do que ser flexível, o grande diferencial no cristal líquido polimérico é que ele pode receber uma infinidade de circuitos eletrônicos incorporados. "Eu acredito que as chances são muito grandes de que o cristal líquido polimérico se mostre prático para uma grande variedade de aplicações da NASA," disse George E. Ponchak, engenheiro da NASA que participa da equipe de pesquisas.
O cristal líquido flexível também poderá ser utilizado em placas de circuito impresso. Ao invés das tradicionais placas planas e rígidas, as placas feitas com o LCP poderão ser moldadas no formato da estrutura da nave, qualquer que seja o local onde elas serão utilizadas.
Além de ocuparem muito menos espaço, essas placas de circuito impresso flexíveis eliminarão as caixas metálicas onde as placas de hoje são acondicionadas. É mais ou menos como se o seu computador, ao invés de ficar em um gabinete metálico, pudesse ser colado embaixo da mesa.
As antenas flexíveis de LCP, por sua vez, poderão ser mais leves do que as antenas estruturais hoje utilizadas.
O cristal líquido polimérico consiste em uma estrutura única - um poliéster cristalino aromático formato por anéis de benzeno, óxido acetílico e grupos carboxila.