Redação do Site Inovação Tecnológica - 07/10/2005
No hemisfério norte, grande parte das usinas termoelétricas funciona a partir do carvão. Estas usinas emitem cerca de 40% das estimadas 48 toneladas de mercúrio que são lançadas anualmente na atmosfera.
Este mercúrio, que é uma neurotoxina, pode atingir o organismo humano, principalmente pela ingestão de peixes. E os ventos - além do comércio internacional de pescados - cuidam de fazer uma "distribuição equitativa" desse mercúrio por praticamente todo o planeta.
Mas o problema agora poderá ser grandemente minimizado, graças ao trabalho da equipe do Dr. Carlos E. Romero, da Universidade Lehigh, Estados Unidos. Eles desenvolveram uma forma eficiente e economicamente viável de controlar as emissões de mercúrio nas usinas termoelétricas.
A tecnologia consiste na alteração das condições operacionais no interior de várias partes do equipamento de queima do carvão, forçando a oxidação do mercúrio no gás que será expelido pela chaminé, permitindo sua adsorção e captura a partir dos particulados - a cinza que polui o meio-ambiente.
A nova técnica já foi testada em três usinas, atingindo entre 50 e 75 por cento de eficiência na captura do mercúrio. Embora haja um pequeno impacto no desempenho termal da usina, o ganho total de custos será positivo, já que hoje as empresas utilizam carvão ativado para controlar a emissão de mercúrio.