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Meio ambiente

Rastros de fumaça de aviões são preocupação para o meio-ambiente

Redação do Site Inovação Tecnológica - 31/01/2005

Rastros de fumaça de aviões são preocupação para o meio-ambiente

Quase todos os dias, principalmente no inverno, ao se olhar para o céu, é possível ver os longos "rastros de fumaça" deixados pelos aviões que viajam a grandes altitudes. Mas, apesar de criarem belas paisagens, os pesquisadores agora descobriram que eles não são tão belos assim para o meio-ambiente.

Os rastros de fumaça se formam quando o ar quente e úmido criado pelas turbinas dos aviões se mistura com o ar ao seu redor, frio e a baixa pressão. É o mesmo processo que faz com que nosso hálito se condense ao ser exalado de nossos pulmões em dias frios. A umidade se condensa e forma pequenas nuvens. Mas não se preocupe: ninguém vai ter que parar de respirar no inverno.

A diferença com nosso hálito é que alguns desses rastros podem durar por horas, funcionando como cirros, nuvens de grande altitude que seguram calor na atmosfera. E o assunto ganha dimensões de problema ao se verificar que esses cirros artificiais estão crescendo a taxas muito elevadas, acompanhando o crescimento anual de 5% no transporte aéreo mundial.

Preocupados com o efeito estufa, pesquisadores do Imperial College London, Inglaterra, estão agora tentando encontrar um forma de reduzir esses "rastros de aviões".

Os cientistas já descobriram que a condensação pode ser diminuída pela alteração da altitude de vôo das aeronaves. No verão, quando o ar é mais quente, restringir o teto de operação dos aviões a 9.500 metros pode ser benéfico. No inverno o ar é mais frio, favorecendo a formação dos rastros de fumaça e, para evitá-los, seria necessário manter os aviões a, no máximo, 7.500 metros de altitude.

Esta é uma medida de dificílima adoção, já que os aviões voam a maiores altitudes para reduzir o arrasto aerodinâmico e diminuir o consumo de combustível. A maior dificuldade viria do impacto sobre os custos das empresas, já que os cientistas descobriram que o efeito do gasto adicional de combustível é menos danoso para a atmosfera do que a formação dos rastros de fumaça.

A pesquisa agora irá tentar mapear de forma mais precisa as massas de ar, para que os aviões possam se desviar delas. As pesquisas também poderão ser úteis para o projeto de novas aeronaves. Até hoje, a formação de rastros de fumaça nunca foi uma preocupação dos projetistas de aviões e o estudo poderá ajudá-los a pesquisar formas de reduzí-los ou até mesmo evitá-los.

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