Redação do Site Inovação Tecnológica - 19/02/2016
Seres humanos aumentados
Um braço robótico que pode ser usado por uma pessoa normal está permitindo que bateristas toquem com três braços.
O "braço inteligente", medindo 60 centímetros de comprimento, é fixado ao ombro do músico e responde aos seus gestos e à música que ele toca.
O membro robótico é um aprimoramento de um músico ciborgue que a mesma equipe apresentou em 2014, mas que, até então, só tocava solo.
Para o que serve?
O professor Gil Weinberg, do Instituto de Tecnologia da Geórgia, nos EUA, diz que o objetivo é ampliar os limites das tarefas que os seres humanos podem fazer.
"Se você ampliar a capacidade dos seres humanos com uma robótica inteligente de vestir eles poderão interagir com seu ambiente de uma forma muito mais sofisticada. O terceiro braço proporciona uma experiência muito mais rica e criativa, permitindo que o ser humano toque muitos tambores simultaneamente com um virtuosismo e sofisticação que não seriam possíveis de nenhuma outra forma," disse ele.
Braço robótico adicional
O braço robótico é considerado "inteligente" por vários motivos.
Primeiro, ele sabe o que tocar ouvindo a música. Ele improvisa com base na batida e no ritmo. Por exemplo, se o músico toca lentamente, o braço retarda o ritmo. Se o baterista acelera, ele toca mais rápido.
Outro aspecto da inteligência artificial é saber onde o braço e a baqueta estão localizados a cada momento, onde os tambores e pratos estão, e a direção e proximidade dos braços humanos.
Quando o robô se aproxima do instrumento, ele usa acelerômetros para detectar a distância. Motores garantem que a baqueta estará sempre paralela à superfície a ser tocada, permitindo-lhe subir, baixar ou girar para assegurar o contato contínuo com o tambor ou prato.
O braço se move naturalmente com gestos suaves porque foi programado usando a tecnologia de captura de movimentos humanos.
Braço robótico controlado pelo cérebro
O próximo passo, conta Weinberg, será controlar os movimentos do braço robótico pela atividade do cérebro.
A equipe já está fazendo testes com um aparelho de eletroencefalograma que detecta os padrões cerebrais do baterista. Eles esperam identificar padrões que permitam fazer o braço robótico reagir quando o músico simplesmente pensar sobre mudar o ritmo ou o instrumento.