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Energia

Supercapacitores começam a desafiar as baterias

Redação do Site Inovação Tecnológica - 05/01/2021

Supercapacitores começam a desafiar as baterias
O material híbrido de cerâmica metálica e grafeno superou todos os supercapacitores anteriores por uma larga margem.
[Imagem: J. Kolleboyina/IITJ]

Baterias versus supercapacitores

O armazenamento de energia normalmente é associado a baterias e acumuladores, que fornecem energia para aparelhos eletrônicos e veículos.

Porém, em laptops, câmeras, celulares ou veículos, os supercapacitores estão aparecendo cada vez mais como opções - e essas opções logo poderão superar as vantagens das baterias.

Engenheiros alemães acabam de desenvolver um novo material híbrido à base de grafeno para supercapacitores. Sustentável e de alta capacidade, o material serve como eletrodo positivo no dispositivo de armazenamento de energia, combinado com um eletrodo negativo já conhecido e de funcionamento comprovado, à base de titânio e carbono.

O novo dispositivo de armazenamento de energia não só atinge uma densidade de energia de até 73 Wh/kg, que é aproximadamente equivalente à densidade de energia de uma bateria de hidreto metálico de níquel, como também tem um desempenho muito melhor do que a maioria dos outros supercapacitores, alcançando uma densidade de potência de 16 kW/kg.

O segredo do novo supercapacitor está na combinação de diferentes materiais, o que leva os químicos a chamarem essa nova classe de "supercapacitor assimétrico".

Supercapacitor de alta eficiência

Ao contrário das baterias, os supercapacitores podem armazenar rapidamente grandes quantidades de energia e descarregá-la com a mesma rapidez.

Supercapacitores começam a desafiar as baterias
O material é renovável e sustentável, garantem os pesquisadores.
[Imagem: J. Kolleboyina/IITJ]

No entanto, eles sofrem com uma histórica baixa densidade de energia. Enquanto as baterias de lítio atingem uma densidade de energia de até 265 KW/h, os supercapacitores até agora têm fornecido apenas um décimo disso.

É aí que entra a nova estratégia baseada na utilização de materiais híbridos. O novo eletrodo positivo de grafeno quimicamente modificado é combinado com uma estrutura metal-orgânica nanoestruturada, conhecida como MOF.

"O alto desempenho do material é baseado na combinação de MOFs microporosos com o ácido condutor de grafeno," explica Jayaramulu Kolleboyina, da Universidade Técnica de Munique, na Alemanha.

O material híbrido resultante dessa combinação tem uma superfície interna de até 900 metros quadrados por grama. Uma grande área superficial é importante porque permite a coleta de um número maior de portadores de carga, os elétrons - este é o princípio básico para o armazenamento de energia elétrica.

E a conexão estável entre os componentes nanoestruturados tem grandes vantagens em termos de estabilidade de longo prazo: Enquanto um acumulador de lítio clássico tem uma vida útil de cerca de 5.000 ciclos de carga e descarga, a nova célula retém cerca de 90% da capacidade mesmo após 10.000 ciclos.

Bibliografia:

Artigo: Covalent Graphene-MOF Hybrids for High Performance Asymmetric Supercapacitors
Autores: Kolleboyina Jayaramulu, Michael Horn, Andreas Schneemann, Haneesh Saini, Aristides Bakandritsos, Vaclav Ranc, Martin Petr, Vitalie Stavila, Chandrabhas Narayana, Blazej Scheibe, Stepán Kment, Michal Otyepka, Nunzio Motta, Deepak Dubal, Radek Zboril, Roland A. Fischer
Revista: Advanced Materials
DOI: 10.1002/adma.202004560
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