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Start-up Brasil anuncia nove aceleradoras de negócios

Com informações do MCTI - 08/03/2013


Aceleradoras de negócios

As nove aceleradoras selecionadas na primeira etapa do programa Start-up Brasil foram anunciadas hoje pelo secretário de Política de Informática do Ministério da Ciência e Tecnologia e Inovação (MCTI), Virgilio Almeida, em São Paulo.

Foram habilitadas seis empresas: 21212, Aceleratech, Microsoft, Papaya, Pipa e Wayra. Outras três - Fumsoft, Outsource e Start You Up - foram qualificadas.

O fato de nove aceleradoras terem sido credenciadas, em vez de seis, como previsto inicialmente, foi creditado à qualidade e à variedade das propostas apresentadas, além da agilidade do ecossistema do setor em se adaptar ao projeto. "O mercado brasileiro amadureceu. As propostas recebidas apresentaram qualidade de benchmarket internacional", disse o secretário Virgilio.

Ele destacou também o entusiasmo do ministro Marco Antonio Raupp com "o impacto que o Start-up Brasil traz dentro do conceito de inovação tecnológica que está sendo implantado pelo Programa Estratégico de Software e Serviços de Tecnologia da Informação, o TI Maior".

Start-ups e aceleradoras

O conceito de start-ups tem origem nos Estados Unidos e se aplica a empresas de pequeno porte, recém-criadas ou ainda em fase de constituição, com atividades ligadas a pesquisa e desenvolvimento (P&D), cujos custos de manutenção sejam baixos e ofereçam a possibilidade de rápida e consistente geração de lucros.

As start-ups de base tecnológica estão entre as mais comuns. Têm modelos de negócios diferenciados e inovadores e procuram investimento para crescer rápido em um curto espaço de tempo.

Aceleradoras, por sua vez, são empresas e outras instituições de qualquer natureza jurídica, com ou sem fins lucrativos, que, em função de sua inserção no mercado e de sua experiência em negócios, são capazes de impulsionar novas empresas.

Combinam acesso diferenciado a potenciais clientes e a investidores privados, preparo para capacitar os empreendedores e disposição de investir em suas iniciativas, aumentando as chances de que os projetos cresçam rapidamente e de maneira sustentável.

Investimento privado

O total de investimento privado entre as aceleradoras selecionadas está previsto em R$ 36 milhões, sendo R$ 25 milhões para o aporte financeiro e o restante, para business services (serviços variados como infraestrutura, equipamento etc.). "As aceleradoras terão o compromisso de colocar as start-ups com ideias inovadoras, rapidamente no mercado", disse o representante da pasta federal.

"O nosso papel no MCTI é justamente criar um ambiente favorável no setor de TI para estimularmos o nascimento de novas empresas. O governo quer criar start-ups capazes de competir em nível internacional e fazer do Brasil um player global no setor de software e serviços."

Cada uma das aceleradoras credenciadas deverá apoiar entre oito e dez empresas nascentes, totalizando até 100 start-ups. Cada start-up receberá também R$ 200 mil em recursos federais para desenvolver o negócio em até 12 meses.

Risco compartilhado

Virgilio explicou ainda que nesse processo, o poder público reduz todo o risco tecnológico e o poder privado assume os riscos de negócio. "É por isso que o MCTI coordenou uma banca com representantes reconhecidamente experientes e altamente capacitados em diversos segmentos do negócio, que pudessem avaliar e garantir aceleradoras qualificadas para executar o programa."

"Estamos vivendo a transição da economia de commodities para uma economia do conhecimento", acrescentou. "O governo está orquestrando os recursos para que as empresas executem e desenvolvam, com excelência, toda a cadeia produtiva do setor."

Os estados brasileiros representados entre as nove empresas contempladas são: Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul e São Paulo. O domínio da região Sudeste entre as propostas selecionadas foi considerado "natural" pelo secretário Virgilio, uma vez que o perfil do negócio ainda está concentrado nos grandes centros do país.

"É o cenário atual. Mas, certamente é um processo que vai se expandir para outras regiões, que poderão apresentar propostas mais competitivas no futuro", comentou o secretário. "Outra coisa é que já criamos um portfólio de desenvolvimento interno, em parceria com o Sebrae, para preparar um hub [polo] fora do eixo Sudeste/Sul. Então, para as próximas edições, podemos sim esperar a participação inusitada de cidades mais afastadas", concluiu.

Quem vai ser acelerado

A segunda etapa do programa envolve o lançamento de edital do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq/MCTI) para definir as regras de seleção das start-ups que serão aceleradas pelas nove empresas selecionadas. Dessas start-ups, até 25% poderão ser de origem internacional. Na etapa, a agência de fomento e o MCTI disponibilizarão R$ 14 milhões no primeiro ano para o desenvolvimento da tecnologia e seus serviços.

O edital deve ser anunciado até o fim de março. "Estamos trabalhando em conjunto para os ajustes finais", informou Virgilio Almeida. "As aceleradoras assinarão um termo de compromisso de metodologia e tempo de aceleração. Nós temos tido compromisso especial com o cronograma o para que todo o processo seja leve, fácil e eficiente."

Está prevista a criação de uma estrutura de apoio que contempla, dentre outras frentes, marketing e vendas e suporte legal. Além da aceleração de 190 empresas nascentes até 2015, as ações do Start-up Brasil incluem a estruturação de um polo internacional para atração de investimentos, apoio à captação de recursos de fundos internacionais de venture capital e presença institucional do Brasil no Vale do Silício (EUA), sob a coordenação da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex Brasil).

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