Redação do Site Inovação Tecnológica - 24/05/2016
Spintrônica quente
A spintrônica promete superar e eletrônica em quase tudo - ao depender do spin dos elétrons, e não de enxurradas de elétrons, ela pode gerar processadores mais rápidos, menores e que não esquentam.
Além disso, a spintrônica está a um passo da computação quântica, permitindo estabelecer uma ponte com tecnologias ainda mais futurísticas.
E agora as coisas começaram a esquentar de vez, deixando tudo isto mais próximo da realização prática.
Pesquisadores vietnamitas e japoneses conseguiram pela primeira vez fazer com que um dos dispositivos spintrônicos mais promissores funcione a temperatura ambiente - quase tudo que se fez nesse campo e na área da computação quântica até agora opera em temperaturas criogênicas.
Semicondutores ferromagnéticos
Nguyen Thanh Tu e seus colegas sintetizaram semicondutores ferromagnéticos dopados com ferro que permitem manipular o spin dos elétrons e parecem estar imunes ao ruído que ocorre a temperaturas mais elevadas.
"A unificação da semicondução e do magnetismo é desejável porque oferece novas oportunidades de utilização dos graus de liberdade do spin em dispositivos semicondutores," disse o professor Masaaki Tanaka, da Universidade de Tóquio.
"Na verdade, a nossa abordagem vai contra as visões tradicionais de design de materiais para semicondutores ferromagnéticos. Obtivemos um grande avanço crescendo pela primeira vez um semicondutor dopado com ferro que apresenta o ferromagnetismo até a temperatura ambiente, e em semicondutores que têm boa compatibilidade com a eletrônica moderna. Nossos resultados abrem o caminho para a criação de dispositivos spintrônicos semicondutores operando a temperatura ambiente," finalizou.
Agora é esperar que o novo material seja utilizado para fabricar os tão esperados transistores de spin, que possam substituir os transistores eletrônicos atuais.