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Sonda indiana parte para Marte com ajuda do INPE

Redação do Site Inovação Tecnológica - 02/12/2013

Sonda indiana parte para Marte com ajuda do INPE
As estações do INPE, instaladas em Cuiabá (MT) e Alcântara (MA), deram suporte a toda a primeira etapa da primeira missão da Índia a outro planeta.
[Imagem: ISRO]

A sonda indiana Mangalyaan partiu definitivamente rumo a Marte.

Depois de várias órbitas em torno da Terra, seu motor principal foi acionado por 20 minutos, dando-lhe velocidade suficiente para escapar da gravidade terrestre.

Durante o período em que a Mangalyaan - ou MOM (Mars Orbiter Mission) - ficou orbitando a Terra, ela foi monitorada pelas estações de rastreio e controle do INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).

As estações, instaladas em Cuiabá (MT) e Alcântara (MA), deram suporte a toda a primeira etapa da primeira missão interplanetária da Índia.

"No dia 30 de novembro a MOM concluiu sua fase geocêntrica e entrou na fase heliocêntrica. Acompanhamos toda a fase geocêntrica, desde a separação da cápsula do seu lançador no último dia 5 de novembro," conta o chefe do Centro de Rastreio e Controle (CRC) do INPE, Pawel Rozenfeld.

O suporte à missão indiana a Marte levou as equipes do instituto a trabalharem em condições diferentes das usuais, uma experiência considerada enriquecedora pelos técnicos.

"Enquanto a passagem normal de satélites de órbita baixa, como o CBERS, dura no máximo 13 minutos, a MOM se mantém visível para uma estação por mais de sete horas, durante as quais todas as tarefas de rastreio e controle são executadas. Essa visibilidade tão longa é devido ao tipo de órbita extremamente elíptica da MOM", explica Rozenfeld.

As seis manobras de elevação do apogeu da missão foram efetuadas pelos equipamentos de bordo configurados pelas estações de Cuiabá e Alcântara.

"Para o INPE, a participação nesta missão foi muito útil, já que permitiu conhecer o limite da capacidade real das suas estações nas condições extremas de operação", concluiu Rozenfeld.

No ano passado, o INPE já havia colaborado também com a agência espacial chinesa durante a acoplagem da nave Shenzhou-9 com o laboratório espacial Tiangong-1.

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