Redação do Site Inovação Tecnológica - 24/10/2008
Cientistas europeus estão desenvolvendo robôs sensíveis e emotivos, com capacidade para entender as emoções humanas básicas. O objetivo é construir robôs de companhia que possam decifrar expressões faciais complexas, reconhecer estados emocionais a partir da linguagem corporal e tomar atitudes para ajudar as pessoas a retornarem a uma situação de equilíbrio emocional.
Robôs sensíveis
Depois de reconhecer as emoções humanas, os robôs demonstrarão suas próprias emoções para contrabalançar o comportamento de seus donos. Utilizando complexos algoritmos desenvolvidos especificamente para essa tarefa, baseados em redes neurais, os robôs poderão demonstrar alegria ou felicidade quando, por exemplo, virem seus donos tristes ou zangados.
Se alguém na casa se mostrar deprimido, o robô poderá tentar animar a pessoa; se alguém estiver estressado, o robô tentará acalmá-lo.
Lola Cañamero, coordenadora do Projeto Feelix, que está desenvolvendo os primeiros protótipos dos robôs emotivos, afirma que o objetivo não é simplesmente construir melhores robôs de companhia ou mesmo melhores mascotes robóticos - a idéia é construir robôs que tenham um papel social ativo.
Companhia e cuidados com a saúde
O resultado deverá ser um meio-termo entre um robô de companhia e um enfermeiro robótico. Uma das aplicações médicas previstas pelos pesquisadores é no tratamento de pessoas com fobias sociais, que têm dificuldade em interagir socialmente.
Os cientistas também estão observando como crianças normais e crianças portadoras de autismo reagem aos robôs. Vários testes com crianças autistas estão mostrando resultados animadores. Mesmo crianças com autismo muito forte reagem às emoções demonstradas pelos robôs e foram capazes de dizer quais emoções o robô estava expressando. Os testes foram feitos com um cão robótico.
Questões éticas e filosóficas da robótica
Outro protótipo, este de um robô humanóide, está sendo aprimorado para fazer diversas tarefas, desde servir um copo com água para uma pessoa que se mostra nervosa, até tomar medidas de primeiros socorros.
A seguir, os pesquisadores planejam estudar o impacto que os robôs terão na vida diária das pessoas, inclusive as questões éticas e filosóficas que deverão ser levantadas nessa nova forma de convivência e interação.