Redação do Site Inovação Tecnológica - 16/12/2019
Eletropele
Usando uma nova maneira de incorporar músculos artificiais e eletroadesão em materiais macios, pesquisadores estão criando mecanismos robóticos elásticos semelhantes à pele que podem ser enrolados e até colocados no bolso sem perder a funcionalidade.
Esse material ativo pode ser usado em interfaces homem-máquina, garras de robôs para objetos delicados, novas tecnologias de vestir e mesmo robôs finos e leves para monitoramento em ambientes perigosos.
Até agora, os robôs flexíveis exigiam mecanismos separados para fornecer suas habilidades de movimento e suas capacidades de se agarrar à superfície em que se movem.
Inspirando-se em peles biológicas e organismos moles, como caracóis e lesmas, Jianglong Guo, da Universidade de Bristol, criou uma pele robótica, que ele batizou de "eletropele" (ElectroSkin), que se arrasta pela superfície, contraindo alternadamente músculos artificiais incorporados e agarrando-se à superfície usando cargas elétricas.
Robôs bioinspirados
Um robô feito com a ElectroSkin pode ser amassado, colocado no bolso e depois retirado e jogado em uma superfície, que ele começa a se mover como se estivesse sendo tratado delicadamente, como seus parentes anteriores exigem.
A ideia de longo prazo da equipe é que esses robôs possam rastejar pelas paredes e pelo teto para limpá-las, explorar ambientes difíceis de alcançar, incluindo prédios desmoronados, e serem usados em vários dispositivos vestíveis, formando uma segunda pele sensorial e ativa.
"A ElectroSkin é um passo importante em direção a robôs macios que podem ser facilmente transportados, lançados e até vestidos. A combinação de músculos artificiais elétricos e agarre elétrico replicou os movimentos de animais como lesmas e caracóis; onde esses animais podem ir, nossos robôs também podem!" disse o professor Jonathan Rossiter, coordenador da equipe.