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Robótica

Robôs infantis vão muito além das brincadeiras

Redação do Site Inovação Tecnológica - 02/03/2009

Cadeiras robotizadas dão mobilidade a crianças com necessidades especiais
Um dos protótipos de cadeira de rodas robotizada para crianças entre 6 meses e 2 anos de idade.
[Imagem: James C. Galloway]

Crianças com problemas de mobilidade, como aqueles causados por paralisia cerebral ou coluna vertebral fissurada, certamente terão também problemas de desenvolvimento, entre outras coisas, porque não conseguem explorar o mundo como outras crianças.

Aprendizado de corpo inteiro

O desenvolvimento infantil baseia-se nas milhares de pequenas descobertas diárias, à medida que os bebês exploram o mundo ao seu redor, primeiro com os olhos, depois com as mãos e, a seguir, com o seu corpo inteiro, quando eles começam a engatinhar a andar.

As crianças com problemas de mobilidade, ao contrário, somente começam nesse aprendizado de corpo inteiro por volta dos 3 anos de idade, quando finalmente conseguem adaptar-se a uma cadeira de rodas tradicional.

Cadeira de rodas robotizada

Pensando nisso, o professor Cole Galloway e seus colegas da Universidade de Delaware, nos Estados Unidos, estão desenvolvendo as primeiras cadeiras de rodas automatizadas para bebês e crianças muito pequenas.

Como a criança nessa idade, tipicamente a partir dos 6 meses de vida, necessita de assistência total, os engenheiros criaram verdadeiros robôs, com inteligência suficiente para evitar que as crianças coloquem sua cadeira de rodas escada abaixo, por exemplo.

Cadeiras robotizadas dão mobilidade a crianças com necessidades especiais

Uma plataforma robótica, disponível comercialmente, foi conectada às pequenas cadeiras, fugindo do desenho tradicional das cadeiras de rodas. O resultado é mais parecido com as pequenas motos elétricas.

O caso de Andrew, visto na foto, é sintomático. Agora com 17 meses de idade, ele está testando a cadeira de rodas infantil robotizada desde os 6 meses de idade. Isso permitiu que ele já pudesse ingressar no jardim-de-infância, o que é praticamente inviável para crianças que, como ele, sofrem de espinha bífida.

Construindo o próprio cérebro

O professor Galloway acredita que a mobilidade dada a essas crianças pelas cadeiras robotizadas poderá impactar suas vidas de inúmeras maneiras, especialmente quando se considera o rápido desenvolvimento do cérebro nessa idade.

"Os bebês literalmente constroem seus próprios cérebros por meio da exploração, aprendendo a lidar com um mundo muito complexo. Suas ações, sentimentos e seu pensar moldam o seu desenvolvimento cerebral," diz o pesquisador.

A Universidade requereu as patentes para as cadeiras infantis robotizadas e espera encontrar parceiros para colocá-las no mercado. Quando disponíveis comercialmente, os equipamentos serão adequados para crianças entre 6 meses e 2 anos de idade.

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