Redação do Site Inovação Tecnológica - 27/09/2018
Estruturas 3D bioinspiradas
A chamada "robótica mole" está-se se aproximando cada vez mais de seu grande objetivo: imitar os seres vivos.
Amirali Nojoomi, da Universidade do Texas em Arlington, nos EUA, criou hidrogéis que executam movimentos complexos e repetitivos, permitindo que as estruturas feitas com o material se movam de forma controlada.
Sem motores e sem quaisquer outros mecanismos internos, os hidrogéis podem ser controlados externamente, por luz ou por diferenças de temperatura, por exemplo. Isso permite que as estruturas sejam programadas para se expandir e contrair de uma forma controlada no espaço e no tempo.
A técnica consiste em utilizar hidrogéis sensíveis à temperatura com diferentes graus e taxas de expansão e encolhimento. Usando uma impressora 3D, a estrutura é programada espacialmente para responder à mudança de temperatura, o que significa programar seus movimentos e suas reações a cada local.
As aplicações potenciais para a tecnologia incluem a robótica mole bioinspirada, músculos artificiais - que são materiais macios que mudam de forma ou se movem em resposta a sinais externos, como os nossos músculos - e matéria programável. O conceito também é aplicável a outros materiais programáveis.
"Nós estudamos como os organismos biológicos usam tecidos moles continuamente deformáveis, como músculos, para criar formas, mudar de forma e mover-se, porque estávamos interessados em usar esse tipo de método para criar estruturas dinâmicas em 3D," disse o professor Kyungsuk Yum.
Robótica e biomimetismo
O biomimetismo é parte central da robótica mole, gerando de materiais programáveis que parecem coisas vivas a materiais sintéticos que morrem.
Os objetivos a longo prazo são justamente aproximar-se dos seres vivos com objetivos terapêuticos, incluindo a criação de implantes controláveis e robôs biocompatíveis para serem implantados no corpo