Conheça o robô humanoide que pretende dominar o planeta

Redação do Site Inovação Tecnológica - 02/03/2023

Por enquanto é só um projeto em computador - mas as ambições da empresa são grandes.
[Imagem: Figure]

Um robô humanoide viável... Será?

Uma empresa emergente da área de robótica e inteligência artificial fez hoje uma daquelas chamativas apresentações, prometendo lançar "o primeiro robô humanoide comercialmente viável do mundo".

Como não veio acompanhado de nada além de um manequim bem desenhado - e um manequim é bem diferente de um robô - o anúncio poderia ser facilmente classificado como mais um "vaporware" em um campo repleto deles.

Contudo, a empresa, chamada Figure, tem como seu projetista principal o professor Jerry Pratt, do Instituto da Flórida para Cognição Humana e de Máquina (IHMC), que tem uma reconhecida atuação na área de robótica.

A empresa está em uma campanha de levantamento de fundos junto a investidores, o que explica o anúncio feito agora, mas os recursos já obtidos anteriormente já permitiram que a Figure montasse um time de 40 engenheiros, todos egressos de outras empresas e institutos de pesquisa envolvidos com a robótica.

"Coletivamente, a equipe construiu cerca de 12 grandes robôs humanoides," disse Pratt. "Teremos experiência em quase todas as partes das milhares de coisas que você precisa para fazer humanoides."

Dominar o mundo

O robô humanoide, batizado de Figure 01, terá 1,67 metro de altura, pesará 60 kg e poderá carregar cargas de até 20 kg.

Acionado eletricamente, o robô deverá ser capaz de caminhar a uma velocidade de 4,3 km/h e suas baterias deverão fazê-lo funcionar continuamente por até 5 horas.

"Nós projetamos nosso mundo para a forma humana. As mãos nos permitem abrir portas e usar ferramentas; braços e pernas nos permitem mover com eficiência, subir escadas, levantar caixas e muito mais," anunciou a empresa. "Com o primeiro robô humanoide ao nosso lado na força de trabalho, teremos a capacidade de criar e produzir muito mais, lidar com a drástica escassez de mão de obra e reduzir o número de trabalhadores em empregos inseguros."

O design do robô é atraente, os vídeos de apresentação para os investidores são futurísticos e os planos são promissores - agora só falta construir o robô, já que a empresa reconhece não ter nenhum protótipo nem próximo de uma escala funcional.

De fato, a própria empresa reconhece os desafios que tem pela frente, mas também não esconde a ambição de "dominar o mundo": "A jornada da nossa empresa levará décadas e exigirá uma equipe campeã dedicada à missão, bilhões de dólares em investimentos e engenharia inovadora para alcançar um impacto no mercado de massa. Enfrentamos alto risco e chances extremamente baixas de sucesso. Porém, se formos bem-sucedidos, temos potencial para impactar positivamente a humanidade e construir a maior empresa do planeta".