Redação do Site Inovação Tecnológica - 10/05/2016
Avatar robótico
Engenheiros da Universidade de Stanford, nos EUA, demonstraram que um robô submarino com aspecto humanoide pode ter várias vantagens.
O OceanOne não chega a lembrar uma sereia, mas tem dois braços, uma cabeça e uma "cauda", onde ficam as hélices motorizadas responsáveis por sua movimentação.
Tradicionalmente, em termos de forma, os robôs submersíveis oscilam entre os extremos, existindo opões com o aspecto de tubo, aerodinamicamente mais eficiente e capaz de suportar maiores pressões, ou de paralelepípedos, mais fáceis de construir e de manobrar.
Mas a intenção da equipe era criar uma espécie de avatar, por meio do qual um mergulhador pudesse acionar o equipamento à distância, como se estivesse no fundo do mar.
"A intenção aqui é fazer um mergulhador mergulhar virtualmente. É quase como se estivesse lá - você cria uma nova dimensão de percepção," disse Oussama Khatib à revista Technology Review, do MIT.
Robô de exploração
Foi o próprio Khatib quem usou um joystick dotado de feedback tátil para guiar o robô humanoide até o navio La Luna, um galeão de 350 anos de idade que naufragou na costa de Toulon, no sul da França, em 1664.
Mas o controlador não precisa ficar em posição de mergulhador ou fingindo nadar, já que o robô é parcialmente automatizado. Ele mantém automaticamente sua posição e profundidade reagindo às correntes e à turbulência, além de ser capaz de evitar obstáculos automaticamente.
Além de mapear os restos do navio, o OceanOne trouxe para a superfície objetos frágeis, como vasos de barro, que foram capturados por suas mãos mecânicas sem danificar as peças.
Trabalhos perigosos
A grande vantagem de um robô mergulhador é sua capacidade de suportar pressões muito maiores do que um mergulhador humano, além de poder ficar mais tempo embaixo d'água.
Isso permite realizar tarefas no fundo do mar que se tornem perigosas demais para os trabalhadores, como a reparação de plataformas de petróleo ou manutenção de linhas de comunicação subaquáticas.
Além, é claro, de poder ficar pacientemente vasculhando cada centímetro de antigos navios naufragados em busca de seus tesouros históricos sem precisar ir à superfície para recarregar tanques de oxigênio.