Carlos Orsi - 15/07/2013
A Darpa, agência de desenvolvimento tecnológico do Departamento de Defesa dos Estados Unidos, apresentou seu robô Atlas.
Com dois braços, duas pernas, 1,80 metro de altura e 150 quilos, tem o que seus criadores chamam de "antropometria quase humana".
O robô está sendo desenvolvido para atuar em situações de emergência onde atividades normalmente desempenhadas pelo corpo humano - como acionar alavancas, apertar botões ou abrir portas - são necessárias, mas onde pessoas de carne e osso não teriam chance de sobreviver, como acidentes graves em instalações nucleares.
A Darpa estabeleceu um prêmio de US$ 2 milhões para que equipes de pesquisadores criem softwares para ensinar ao robô a fazer coisas como fechar válvulas ou acionar interruptores.
Durante a apresentação ao público, o Atlas moveu as mãos como se estivesse dando cartas numa mesa, e caminhou. O robô foi projetado pela empresa Boston Dynamics.
De acordo com reportagem sobre o robô publicada no jornal The New York Times, embora sistemas robóticos - softwares - já sejam capazes de pilotar aviões ou guiar automóveis, a complexidade envolvida em comandar de um corpo semelhante ao humano é muito maior, e ainda deve demorar para que modelos baseados no Atlas possam realmente ir a campo.
Gill Pratt, um administrador da Darpa, mencionou os 19 bombeiros americanos que morreram em ação no Arizona, na semana passada. "Muitos de nós, no campo da robótica, vemos eventos assim no noticiário, e o que nos comove profundamente é um sentimento de, não poderíamos fazer melhor?", disse.
Pratt disse que a versão atual do Atlas é como uma criança de um ano de idade, mas deve aprender depressa.