Redação do Site Inovação Tecnológica - 28/04/2009
Cientistas da Bélgica apresentaram o seu robô Probo, segundo eles um robô "de abraçar", desenvolvido como uma plataforma de pesquisas para estudar a interação entre humanos e robôs, com um foco especial nas crianças.
Quase um elefante
Um misto de bicho de pelúcia, elefante e Alf, o ETeimoso, o robô foi projetado para funcionar como uma interface de sociabilidade, proporcionando uma interação natural baseada no comportamento humano, inclusive com alterações de suas expressões "faciais."
O nome Probo bem de Proboscidea, a família dos elefantes. A ideia de criar um animal fictício, em vez de reproduzir um animal conhecido, como um gato ou cachorro, é que essa última alternativa criaria expectativas sobre o seu comportamento, inibindo uma interação mais natural.
Interação entre humanos e robôs
O objetivo dos pesquisadores é desenvolver formas de interação entre os humanos e robôs que possam permitir a convivência quando essas máquinas inteligentes começarem a ser utilizadas em larga escala em ambientes domésticos.
Segundo eles, as primeiras tarefas que caberão aos robôs serão os cuidados de crianças, idosos e pessoas doentes. Para que isso seja possível é essencial que os robôs sejam capazes de adquirir capacidades cognitivas suficientes para serem capazes de se adaptar às diferentes situações do dia-a-dia.
Mais de 60% da comunicação entre humanos se faz de forma não-verbal, com as expressões faciais sendo responsáveis não apenas por transmitir emoções, mas para dar sentido às palavras. Desta forma, é essencial que os robôs sejam capazes de compreender e reproduzir essas expressões.
Emoções dos robôs
O Probo é dotado de 20 motores de precisão para mexer as diversas porções de seu rosto e de sua tromba, sensores para detectar os abraços, um computador para processamento e uma tela sensível ao toque.
Neste estágio, o Probo ainda não é autônomo, tendo suas ações controladas pelos pesquisadores. Na próxima versão ele receberá câmeras digitais, para funcionarem como olhos, diversos microfones e novos sensores de toque. Os pesquisadores estão trabalhando no programa de controle para inclusão desses equipamentos, que deverão tornar o Probo um robô autônomo.
Nos primeiros testes, as crianças conseguiram decifrar 88% das emoções expressas pelo Probo - surpresa, nojo, raiva, tristeza, tédio, sonolência, relaxamento e felicidade.