Da New Scientist - 13/01/2011
Se 2010 foi o ano dos avatares na telona, 2011 pode ser o ano dos avatares nos escritórios.
Eles não terão a graça e a leveza de um corpo Navi, mas os avatares robóticos estão surgindo firmes no horizonte.
Avatar no trabalho
Em tempos de enchentes, nevascas e trânsito ruim, parece a hora de levar o conceito de teletrabalho um passo adiante: fazer-se presente no escritório por meio de um robô.
Empresas nos EUA e no Japão já estão começando a vender avatares robóticos, que permitem aos trabalhadores de escritório estarem em dois lugares ao mesmo tempo.
Assim, 2011 poderá ser o ano em que alguns de nós terão a inédita experiência de nos sentarmos à mesa com um colega eletrônico.
A Willow Garage está desenvolvendo um robô de telepresença chamado chamado Texai, enquanto a Anybots lançou recentemente o robô de escritório QB.
Robô avatar
O QB, que se parece com um pequeno Segway com um longo pescoço e uma cabeça de robô, pode andar a seis quilômetros por hora, usando um scanner a laser para não ficar trombando no mobiliário do escritório.
Ele pode ser controlado através de um navegador web de qualquer lugar do mundo e tem câmeras nos olhos para permitir que você movimente seu avatar-robô e veja com quem está falando. Uma pequena tela LCD na cabeça permite que seus colegas também o vejam.
Você poderia argumentar que, quando quiser falar com pessoas em outros escritórios, pode simplesmente usar um sistema de videoconferência, em vez de usar um robô de US$ 15.000.
Trevor Blackwell, da Anybots, defende seus avatares eletrônicos, afirmando que a movimentação dos robôs é um elemento essencial: "Se você tem um monte de pessoas que estão acostumadas a falar umas com as outras à vontade, é um pouco impositivo dizer, 'OK, a partir de agora todas as conversas têm de ser na sala de videoconferência'."
Experiência
Conversar com um colega robô pode parecer estranho à primeira vista, mas as pessoas parecem se acostumar rapidamente.
"Alguém entrou recentemente no escritório perguntando por mim, e um colega disse que eu estava bem ali," conta Blackwell. "Mas, na verdade, era o robô que estava ali. Eu ainda estava em casa."