Redação do Site Inovação Tecnológica - 21/09/2012
Robô atum
Robôs submarinos sempre foram considerados mais simples de fabricar e de operar do que peixes robóticos.
Mas o órgão norte-americano equivalente à Defesa Civil brasileira não concorda.
A instituição está financiando o desenvolvimento de um robô atum, que será encarregado de fazer vistorias em ambientes perigosos, incluindo oleodutos, portos e plataformas de petróleo.
Mas por que um atum?
Segundo os engenheiros, é porque o atum possui um corpo no formato ideal para ser imitado por veículos autônomos subaquáticos - o atum é uma das criaturas mais rápidas e com maior capacidade de manobra de todo o reino animal.
Manobrabilidade e propulsão
Fabricando o robô, batizado de BIOSwimmer, no formato de um atum, os engenheiros afirmam ter conseguido resolver alguns dos maiores problemas que afetam os robôs submarinos, sobretudo em relação à capacidade de manobra e à propulsão.
O robô conta com uma seção flexível na parte posterior - equivalente à cauda do peixe - e conjuntos de nadadeiras peitorais e laterais.
"É um projeto de biomimética. Nós estamos usando a natureza como base para projetar e construir um sistema que funciona incrivelmente bem," disse David Taylor, membro da equipe.
Todos os atuadores que fazem o peixe robô se movimentar são elétricos, alimentados por baterias de lítio.
Operações marítimas
Os testes mostraram que o robô consegue imitar bem o molejo do atum: ele consegue inspecionar o interior de navios - incluindo tanques afundados ou embarcações com rombos no casco - e áreas externas difíceis de atingir, como a área de propulsão e caixas de mar.
"Ele foi projetado para uma série ampla de missões. Com um sistema de sensores intercambiáveis e reconfiguráveis, ele pode ser otimizado para cada missão específica," disse Mike Rufo, gerente da Boston Engineering, empresa que fabricou o protótipo do atum robótico.