Jorge Wamburg - Agência Brasil - 03/08/2010
Kit Copa
Um robô que detona bombas à distância com jato d'água, um traje antifragmentos para proteger os peritos que desmontam artefatos explosivos e uma tenda para evitar detonações por meio de uma espuma especial.
Este é o "kit da Copa" do Grupo Antibombas da Polícia Federal, equipamentos dos três novos veículos recebidos pela corporação e que deverão ser usados na Copa do Mundo de 2014.
Os equipamentos foram comprados no Canadá a um custo de US$ 860 mil por veículo. O diretor do Departamento de Polícia Federal (DPF), Luiz Fernando Correia, disse que em 2007 o órgão fez um planejamento estratégico até 2022 em que as novas aquisições estavam incluídas para a Copa e as Olimpíadas de 2016, no Rio de Janeiro.
Atualização tecnológica
Correia ressaltou que, além de adquirir os equipamentos, agora é preciso fazer um trabalho conjunto na área de segurança pública no país.
"[Precisamos] difundir a doutrina não só dentro da PF como articular com as demais forças. Não podemos ter instituições preparadas [apenas] para eventos, mas sim para dar segurança ao cidadão e, quando houver eventos, essa capacidade seja aplicada."
O diretor disse que serão feitos mais investimentos na atualização tecnológica, principalmente na questão pericial, pois um dos eixos do planejamento estratégico da Polícia Federal é a qualidade da prova científica. Segundo ele, os equipamentos são um avanço em relação aos usados nos Jogos Pan-Americanos, promovidos no Rio em 2007.
Cidades-sede
De acordo com o perito criminal Adauto Pralon, um dos responsáveis pela demonstração desses equipamentos, dos três novos veículos do Grupo Antibombas um vai para o Rio Grande do Sul e dois ficam em Brasília - no Instituto de Criminalística e na Superintendência de Polícia Federal.
Mais dois que o departamento já tinha estão em Salvador e no Rio de Janeiro, respectivamente, e a ideia é que cada uma das 12 cidades-sede da Copa de 2014 tenha um deles para o Mundial.