Redação do Site Inovação Tecnológica - 23/07/2008
Com a ajuda de redes neurais, pesquisadores europeus estão desenvolvendo robôs que poderão sentir empatia, sintonizando-se com as emoções dos humanos com quem eles interagirem e reagindo de acordo com essas emoções.
Detectando emoções
Utilizando câmeras digitais e sensores, os robôs conseguem detectar diferentes parâmetros, como as expressões faciais, o tom de voz e a proximidade das pessoas ao seu redor. Seu programa de controle utiliza esses parâmetros para detectar quando a pessoa está zangada, feliz ou triste.
Tal como uma criança, os robôs conseguem aprender a partir da observação das emoções. Eles já conseguem, por exemplo, distinguir entre os sentimentos de uma pessoa que chora de tristeza daqueles de outra pessoa que chora de alegria.
Adaptando o comportamento
Essas informações já utilizadas para que o robô adapte seu comportamento e até sua aparência para contrabalançar a emoção demonstrada pela pessoa. Ele pode, por exemplo, mudar seu comportamento para parecer menos ameaçador, e até mesmo se retirar do local, se necessário.
O objetivo do projeto, que envolve 25 especialistas de seis países europeus, é fazer com que os robôs tenham empatia, ajustando-se às emoções humanas, o que poderá facilitar sua aceitação no dia-a-dia das pessoas.
Robôs simples de comportamento complexo
Os robôs propriamente ditos são muito simples, disponíveis no mercado ou construídos pelos pesquisadores com peças que se pode comprar no comércio.
Mas a sua inteligência reúne técnicas de sistemas adaptativos, psicologia comparativa e desenvolvimental, neurociências e etologia - enfim, todas as ferramentas que os cientistas dispõem para estudar o comportamento humano.