Com informações da Agência Brasil - 13/11/2012
Radares e pluviômetros
O Brasil vai ampliar em quase 50% a rede de radares meteorológicos a partir de 2013.
Isso deverá permitir previsões do tempo mais rápidas e precisas, o que pode ser determinante para salvar vidas e diminuir prejuízos com chuvas fortes e tornados.
Já foram licitados nove radares, que se juntarão à base existente de 20.
Também foram licitados 4 mil pluviômetros automáticos, que vão medir a quantidade de chuva em tempo real. Hoje o total de pluviômetros no país é cerca de 300.
O investimento é R$ 90 milhões e os novos equipamentos devem estar funcionando em sua totalidade até 2014.
Estações observacionais
"Temos lacunas de estações observacionais muito importantes voltadas para a questão dos desastres. Ter o radar é olhar a previsão meteorológica no campo futuro. Ter o pluviômetro é saber o quanto está chovendo de fato. Como a gente trabalha muito com essa relação para dar o alerta, é fundamental melhorar a base de observação no país. Temos algumas áreas de risco desprovidas desta tecnologia, que já está no mercado há muito tempo", disse o geólogo Agostinho Tadashi Ogura, do Cemaden (Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais).
Os radares vão ser instalados na região costeira do país, onde está concentrada a maior parte da população e também onde existe maior vulnerabilidade social, por causa das condições habitacionais precárias.
Os pluviômetros serão instalados dentro das áreas de risco, com possibilidade de serem localizados junto às estações rádio-base das operadoras de telefonia celular, o que garantirá segurança para os equipamentos e facilitará o envio dos dados.
Alertas de desastres naturais
Para permitir a emissão de alertas cada vez mais rápidos e de maior precisão é necessário ter equipamentos de campo coletando e enviando informações em tempo real.
Os satélites meteorológicos são fundamentais para acompanhar frentes frias ou até tornados, mas não oferecem a capacidade de calcular em detalhes a força dos fenômenos.
O Cemaden foi criado em dezembro de 2011, como reação do governo federal à grande tragédia que aconteceu na região serrana do Rio em janeiro daquele ano, quando enxurradas causaram a morte de aproximadamente 900 pessoas e geraram prejuízos que até hoje se refletem na economia local.
O Cemaden começou monitorando 56 municípios e atualmente já possui dados de 250. Quando os novos radares e pluviômetros estiverem funcionando, o órgão terá capacidade de monitorar até 900 municípios.