Redação do Site Inovação Tecnológica - 13/03/2023
Radar antiqueda
Pesquisadores da Universidade de Tecnologia Chalmers, na Suécia, desenvolveram um método para prever quedas por acidente ou doenças neurológicas, como Parkinson, lendo o padrão de caminhada de uma pessoa com a ajuda de um radar.
O pequeno radar doméstico pode ser fixado em móveis, nas paredes ou no teto, tanto em casa quanto em ambientes de saúde, como clínicas e hospitais.
"Nosso método é preciso e fácil de usar. Ele pode ajudar a equipe de saúde a realizar uma análise de risco mais confiável e adaptar as intervenções para obter um efeito significativo desde o início. Esperamos que ele possa ajudar a resolver um desafio crescente para a sociedade," disse a pesquisadora Xuezhi Zeng, desenvolvedora da tecnologia.
Apesar de minúsculo em relação aos radares convencionais, o sistema consegue fazer leituras em tempo real e de alta resolução do padrão de caminhada de uma pessoa, especialmente do tempo necessário para que ela dê um passo.
"É a variação nos tempos de passo que é a chave. Uma pessoa saudável normalmente tem uma marcha regular. Mas uma pessoa em risco de acidentes de queda geralmente tem uma grande variação nos tempos de passo. Por exemplo, o primeiro passo pode levar um segundo, enquanto o segundo pode levar dois segundos," conta Zeng.
E esse número pode ser muito maior, como ocorre no chamado "travamento da marcha", que acomete os pacientes com mal de Parkinson: O paciente fica "forçando" para tentar se mover e, quando o corpo finalmente responde, há uma aplicação de sobreforça que gera uma queda.
Radar milimétrico
O método é baseado em um sensor de radar disponível comercialmente, que foi miniaturizado para ficar mais ou menos do tamanho de um alarme de incêndio.
Isso deverá facilitar a transformação do protótipo em um produto de linha, que possa chegar à população.
Além de ser fácil de usar, outra vantagem do método é que ele coleta dados sem filmar. "Isso significa que ele pode ser usado sem invadir a privacidade e a integridade das pessoas e sem a sensação de monitoramento que algo como uma câmera daria," disse Zeng.
Os testes em laboratório mostraram que o radar consegue monitorar o tempo do passo dos moradores com uma precisão de 96%.