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Meio ambiente

Projeto Azul montará sistema inédito de monitoramento oceânico

Com informações da Coppe - 27/10/2012

Projeto Azul montará sistema inédito de monitoramento oceânico
O projeto contará com robôs submarinos, boias oceânicas e dados de satélites.
[Imagem: Coppe/UFRJ]

Projeto Azul

A Bacia de Santos, área onde se encontram campos de petróleo em camadas do pré-sal, será estudada por meio de um sistema inédito de monitoramento oceânico.

As informações contribuirão para a segurança e eficiência das operações de exploração do petróleo e para ampliar o conhecimento e a preservação do meio ambiente.

A iniciativa, batizada de Projeto Azul, é da Coppe/UFRJ em parceria com uma empresa privada.

Os pesquisadores da Coppe pretendem integrar a plataforma a outros sistemas já existentes na Europa e nos Estados Unidos.

"Teremos no final um modelo vivo da região. Com todas as informações, vamos conhecer melhor o oceano, podendo estar dentro da água sem se molhar," disse o professor Luiz Landau, coordenador do projeto,

Robôs e satélites

Durante três anos, o Projeto Azul vai coletar informações sobre a dinâmica das correntes oceânicas, temperatura, salinidade, PH, oxigênio dissolvido, clorofila, cor e matéria orgânica, entre outros parâmetros.

Para isso serão utilizados robôs mergulhadores (seaglider), derivadores (boias acopladas com medidores), perfiladores (que medem, dentre outros parâmetros, o perfil das correntes principalmente em águas profundas) e imagens de satélite.

As correntes oceânicas e os parâmetros da oceanografia química da região serão estudados até a profundidade de dois mil metros.

A proposta é montar um grande organizador de informações, utilizando o supercomputador da Coppe, cujos dados serão enviados para o INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).

Vazamentos de óleo

O Projeto Azul será útil também no gerenciamento de eventuais vazamentos de óleo.

Conhecendo previamente o padrão das correntes é possível rastrear manchas de óleo no mar, apontando a direção do deslocamento, para que se atue de forma rápida e eficaz para contenção e dispersão do óleo, minimizando impactos.

A iniciativa também inova ao disponibilizar as informações em tempo real para outras universidades e centros de pesquisa.

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