Redação do Site Inovação Tecnológica - 01/08/2018
Pokebola científica
Os estudantes que ajudaram a criar esta nova garra robótica de manipulação batizaram-na de "pokebola" para capturar não criaturas virtuais, mas delicados seres marinhos pelágicos - como águas-vivas, lulas e polvos - sem feri-los.
"Nós lidamos com esses animais como se eles fossem obras de arte: Por acaso cortaríamos pedaços da Mona Lisa para estudá-la? Não, nós usamos as ferramentas mais inovadoras disponíveis. Esses organismos do fundo do mar, alguns com milhares de anos, merecem ser tratados com uma gentileza semelhante quando estamos interagindo com eles," disse o professor David Gruber, membro de uma equipe de várias universidades norte-americanas que se uniram para aprimorar a pokebola científica.
O resultado é fruto da chamada "robótica mole", que substitui os metais mais comuns nos robôs por polímeros e compósitos esponjosos macios.
Dodecaedro rotativo
A garra manipuladora foi modelada pelos princípios do origami, permitindo que ela se abra e feche de forma suave usando um mínimo de energia.
Ela é formada por cinco "pétalas" de polímero impressos em 3D idênticos que estão ligados a uma série de juntas rotativas que se unem para formar um suporte.
A estrutura gira em suas juntas e se dobra em um dodecaedro oco quando um único motor aplica um torque no ponto de encontro das pétalas.
"O projeto do amostrador é perfeito para o difícil e imprevisível ambiente oceânico porque seus controles são muito simples, então há menos elementos que podem quebrar. Ele também é modular, então se algo quebrar, podemos simplesmente substituir essa peça e enviar o amostrador de volta para a água," disse o pesquisador Zhi Ern Teoh.
"Este design dobrável também é adequado para ser usado no espaço, que é semelhante ao oceano profundo, pois é um ambiente inóspito e de baixa gravidade que torna o funcionamento de qualquer dispositivo desafiador," completou.