Agência Fapesp - 04/03/2010
Marolinha das patentes
Mesmo com a crise econômica mundial, que se iniciou no fim do ano de 2008, o Brasil manteve estável o seu registro de patentes internacionais, de acordo com os dados da Organização Mundial da Propriedade Intelectual (Wipo).
Com 480 solicitações de registro em 2009, o país apresentou um ligeiro aumento de 1,7% em relação ao ano de 2008, quando foram feitos 472 pedidos.
O resultado é mais expressivo se comparado ao ano de 2005, quando o Brasil teve 270 pedidos. Em cinco anos, o registro internacional de patentes feito por instituições brasileiras aumentou quase 75%.
Desenvolvimentos diferentes
Mesmo modesto, o desempenho brasileiro no ano passado contrariou a tendência mundial de queda de 4,5% do número total de patentes registradas pelo Tratado de Cooperação de Patentes (PCT, em inglês) da Wipo.
Países com tradição em inovação, como Reino Unido e Alemanha, apresentaram decréscimo em pedidos de registro. Os Estados Unidos ainda lideram o ranking com quase um terço dos depósitos solicitados em 2009, 45.790, queda de 11,4% comparado a 2008.
Entre os países em desenvolvimento, o Brasil ficou atrás da Coreia do Sul (com 8.066 pedidos), China (7.946), Índia (761) e de Cingapura (594).
Setores de maior desenvolvimento
A Wipo registrou aumentos no número de patentes ligadas às áreas microestrutural e de nanotecnologia, de semicondutores e de processos térmicos.
Ao mesmo tempo, diminuíram os pedidos nos setores de tecnologia computacional, farmacêutico e de tecnologia médica.