Com informações da Physical Review Focus - 13/09/2011
Modelo do núcleo atômico
O modelo mais difundido do átomo parece-se com um Sistema Solar em miniatura, com um núcleo esférico no papel de Sol e elétrons girando ao seu redor como planetas.
É claro que isto é uma representação.
O caso mais claro é o núcleo atômico, um aglomerado de prótons e nêutrons: em nosso modelo, ele é representado como um globo.
Os cientistas já calculavam, contudo, que o núcleo dos átomos pode não ser exatamente esférico, mas oval.
E, agora, as coisas se complicaram um pouco mais para o nosso modelo.
Núcleo linear em cadeia
Takatoshi Ichikawa e seus colegas da Universidade de Quioto, no Japão, demonstraram que o núcleo atômico pode assumir o formato de uma cadeia linear, com pequenos aglomerados de prótons e nêutrons uns atrás dos outros.
Mais do que mera curiosidade, os cientistas demonstraram que esses estados nucleares exóticos podem desempenhar um papel intermediário fundamental na formação do carbono 12 e do oxigênio 16 - elementos essenciais para a vida.
E as novidades provavelmente não pararão por aqui: a nova técnica desenvolvida pelos pesquisadores para calcular essas estruturas poderá servir para o estudo de arranjos nucleares ainda mais exóticos.
Reações nas estrelas
O formato de um núcleo tem efeitos importantes sobre as reações nucleares, como ocorre nas estrelas, onde quase todos os elementos naturais são gerados.
Se um núcleo está girando rápido o suficiente - geralmente como resultado de uma colisão e fusão de dois núcleos menores - a sua forma pode, por assim dizer, se deformar em relação à esfera ou elipsoide usual.
Esses formatos derivam da interação entre a força de atração forte, que mantém os prótons e os nêutrons unidos, e a força centrífuga, que tende a separá-los.
A estrutura linear, ou "em cadeia", de um átomo, nunca havia sido demonstrada como sendo estável, embora os teóricos já houvessem sugerido que ela pudesse existir.