Redação do Site Inovação Tecnológica - 06/10/2015
Massa dos neutrinos
O Prêmio Nobel de Física de 2015 foi concedido a um cientista japonês e um canadense "pela descoberta das oscilações dos neutrinos, que mostram que os neutrinos têm massa".
Metade do prêmio foi concedida a Takaaki Kajita, nascido em Higashimatsuyama em 1959 e atualmente professor da Universidade de Tóquio.
A outra metade foi concedida a Arthur B. McDonald, nascido em 1943 no Canadá e atualmente professor na Universidade de Queens.
A equipe de Kajita descobriu, em 1998, que os neutrinos que atingiam o detector Super Kamiokande, no Japão, mudavam de "sabor", alternando entre neutrinos do múon, do tau e do elétron.
Logo depois, em 2001, a equipe do professor McDonald, usando o Observatório de Neutrinos Sudbury demonstrou que os neutrinos que vêm do Sol não estavam desaparecendo a caminho da Terra, como se acreditava, mas simplesmente mudavam de "sabor" pelo caminho, chegando com novas identidades no detector.
Essas verificações experimentais das oscilações, ou metamorfoses, dos neutrinos, explicaram porque até dois terços dos neutrinos que as teorias previam que deveriam chegar à Terra nunca eram detectados.
Além da Física
Neutrinos são partículas subatômicas com uma massa tão pequena que um deles é capaz de atravessar um cubo de chumbo sólido, com 1 ano-luz de aresta, sem se chocar com a matéria. Calcula-se que 50 trilhões de neutrinos atravessam o nosso corpo diariamente.
A verificação experimental das oscilações dos neutrinos foi a demonstração que essas partículas têm massa - ainda que minúscula - desafiando o Modelo Padrão da física e mostrando que a teoria atual não pode ser considerada uma teoria completa dos constituintes fundamentais do Universo.
Mais recentemente, a descoberta de neutrinos super-energéticos aumentou ainda mais esse mistério cósmico.