Redação do Site Inovação Tecnológica - 28/10/2021
Pechincha espacial
A NASA lançou um chamamento à indústria aeroespacial que é, para dizer o mínimo, curioso.
A agência espacial quer que alguém se habilite a clonar, fabricar e lançar seu novíssimo foguete SLS - que ainda não foi ao espaço -, desde que faça isso pela metade do preço.
O SLS (Space Launch System) está sendo desenvolvido e fabricado pela Boeing desde 2011, já tendo custado três vezes mais do que os US$ 10 bilhões inicialmente projetados.
O problema é que esse custo envolveu apenas o desenvolvimento e a fabricação do primeiro protótipo. Para fabricar novos foguetes - o SLS não é reutilizável - e enviá-los ao espaço levando uma tripulação uma vez por ano, o custo estimado é de mais US$ 2 bilhões anuais.
É esse custo que a NASA quer cortar pela metade - sem cobrar nada pelos US$ 30 bilhões já gastos no desenvolvimento do protótipo.
"Especificamente, as respostas devem se concentrar em fornecer informações sobre como alcançar um empreendimento ESD [desenvolvimento de sistemas de exploração] acessível à medida que ele passa do desenvolvimento para a produção, operação e manutenção, assim que possível. Isso disponibilizará recursos para outras partes do programa Artemis para desenvolver as capacidades necessárias para missões sustentáveis que levem a uma presença humana permanente na Lua e no espaço profundo," disse a agência em nota.
Privatização
Quem se habilitar e conseguir reduzir o preço pela metade poderá contar com contratos de longa duração, já que a NASA afirmou esperar usar o SLS por pelo menos 30 anos. Além disso, a empresa não apenas poderá, como deverá disponibilizar o foguete para outras agências espaciais ou para empresas privadas interessadas.
Os principais objetivos a serem alcançados pelas empresas candidatas são:
Carga menor
O Sistema de Lançamento Espacial (SLS) é o que a NASA chama de um "foguete classe exploração". Seu primeiro lançamento, levando uma cápsula Órion, está previsto para ocorrer até o final de 2022.
O projeto original previa que este primeiro protótipo deveria ser capaz de levar até 70 toneladas para a órbita baixa da Terra, com uma versão chegando a até 130 toneladas, para permitir ir à Lua e Marte.
A solicitação da NASA, feita agora, porém, se contentará com uma capacidade de ascensão de 40 toneladas.