Redação do Site Inovação Tecnológica - 30/04/2018
Trazer amostras de Marte
As agências espaciais dos Estados Unidos (NASA) e da Europa (ESA) estão se juntando para desenvolver uma missão que poderá trazer para a Terra amostras de pedras e do solo de Marte.
A carta de intenções foi assinada durante uma reunião em Berlim, na Alemanha, onde foram debatidos objetivos e a viabilidade da missão, chamada de Retorno de Amostras de Marte ou MSR (Mars Sample Return).
Apesar do sucesso de várias missões robotizadas, a grande questão sobre Marte ainda permanece sem resposta: Já existiu água em estado líquido em Marte? Se a resposta for positiva, a decorrência natural é que também já pode ter havido vida no Planeta Vermelho.
Contudo, até hoje os cientistas se debatem com o chamado "Paradoxo de Marte": o relevo parece ter sido esculpido por água corrente, mas o planeta é frio demais para isso hoje e, no passado, era ainda mais frio.
Talvez a análise de amostras em laboratório, com todas as técnicas disponíveis - e não apenas as que se pode empacotar em um robô espacial - possa ajudar a encontrar respostas. "É muito importante que cada missão enviada a Marte descubra algo minimamente incomum. Isso está na base do que tendemos a fazer nas próximas missões," disse Dave Parker, diretor de exploração humana da ESA, durante o evento.
Projeto demorado
Uma missão da NASA a ser lançada nos próximos dias deve abrir caminho para a missão de busca de amostras. A sonda InSight fará perfurações na superfície do planeta vermelho e armazenará o material para análise.
O robô Curiosity faz pequenas "incisões" nas rochas usando um laser, mas este sistema não seria adequado para coleta de amostras.
Assim, o plano completo para trazer amostras de Marte, e a decorrente seleção das melhores ferramentas para isso, certamente levará anos para ser desenvolvido.