Redação do Site Inovação Tecnológica - 29/04/2016
Propulsão solar-elétrica
A NASA anunciou detalhes para a concretização de uma das principais etapas para a missão que irá capturar um asteroide.
O anúncio envolve a construção do sistema de propulsão solar-elétrica, um motor iônico alimentado por painéis solares.
O propulsor, chamado Sistema Avançado de Propulsão Elétrica (AEPS - Advanced Electric Propulsion System), será construído pela empresa Aerojet Rocketdyne a um custo de US$67 milhões, e o primeiro protótipo deverá estar concluído em três anos.
Após este período, e dependendo dos resultados dos testes em laboratório, a empresa deverá entregar à NASA quatro unidades do propulsor para testes de voo e uso real.
A previsão inicial era que a missão ARM (Asteroid Redirect Mission) fosse lançada em 2020, mas agora a NASA fala em "meados da década de 2020".
Contudo, o propulsor iônico encomendado para a missão deverá ter vários outros usos, inclusive em missões para Marte.
Motor solar-iônico
O novo propulsor solar-elétrico deverá ter uma eficiência em termos de consumo de combustível 10 vezes superior aos foguetes comuns, que usam combustíveis químicos, e deverá gerar o dobro do empuxo produzido pelos motores iônicos atuais.
Em um motor solar-elétrico, painéis solares geram energia elétrica que é usada para acionar o motor iônico, que produz empuxo disparando íons, ou átomos eletricamente carregados.
A grande vantagem de um motor iônico, além de um consumo de combustível mínimo, é a geração de uma aceleração contínua, o que permite obter velocidades muito elevadas. Uma configuração solar-elétrica é mais adequada para voos na parte interna do Sistema Solar, onde os painéis solares captam mais energia, mas existem projetos para voos mais distantes que incluem os chamados "geradores nucleares".
Um dos exemplos de maior sucesso dos motores iônicos é o da sonda Dawn, que já visitou o asteroide Vesta e o protoplaneta Ceres, e agora se prepara para visitar um novo alvo ainda não anunciado.