Redação do Site Inovação Tecnológica - 05/12/2012
Robôs e humanos
A agência espacial norte-americana anunciou um programa em duas etapas para o envio de uma missão tripulada a Marte.
Em 2020 será enviado um novo robô, similar ao Curiosity, que está explorando o planeta vermelho desde Agosto deste ano.
O novo robô científico deverá levantar as informações necessárias para que uma missão possa levar os astronautas a Marte em 2030.
As duas etapas representam o ápice de um programa em pleno andamento, com várias missões planejadas entre hoje e 2020.
MAVEN - 2013
A sonda espacial MAVEN, que está quase pronta para ser lançada no ano que vem, deverá estudar a atmosfera superior de Marte.
MAVEN é uma sigla para Mars Atmosphere and Volatile EvolutioN - evolução da atmosfera e ambientes voláteis de Marte.
Um dos seus principais objetivos é descobrir para onde foram os oceanos que parecem ter coberto Marte no passado.
InSight - 2016
A missão InSight usará um robô fixo para estudar o interior do planeta.
InSight é uma sigla para Interior Exploration using Seismic Investigations, Geodesy and Heat Transport, exploração do interior [de Marte] usando pesquisas sísmicas, geodésia e transporte de calor.
ExoMars - 2016 e 2018
Esta é na verdade uma missão da Agência Espacial Europeia (ESA), que a NASA quase abandonou no início deste ano.
A participação da NASA se limitará ao fornecimento dos sistemas de telecomunicação para a sonda orbital que será lançada em 2016, e um instrumento de astrobiologia para o robô, que será lançado em 2018.
Astronautas em órbita de Marte
A decisão para enviar um novo robô a Marte foi tomada depois do sucesso do sistema de pouso do Curiosity, que se mostrou eficiente para levar um robô de quase uma tonelada e do tamanho de um carro.
Isso vai baixar muito os custos da missão, que terá apenas atualizações tecnológicas mínimas - além, é claro, de um novo conjunto de equipamentos científicos, estes sim, totalmente atualizados.
Já a missão tripulada de 2030 servirá para estudar os desafios da primeira viagem interplanetária humana.
Os astronautas não deverão pousar em Marte, apenas permanecendo em órbita, para que todos os esforços se concentrem nos equipamentos necessários à manutenção da vida em um ambiente totalmente diferente do "casulo" protetor da Terra.