Redação do Site Inovação Tecnológica - 19/09/2012
Substituição dos metais nobres
Alexandra Boltasseva, juntamente com colaboradores dos Estados Unidos, da Rússia e da Finlândia, deram um grande impulso rumo à comercialização dos chamados metamateriais hiperbólicos.
Essas estruturas têm potencial para vários avanços ópticos, de melhores microscópios e células solares até processadores com comunicação por luz.
A equipe conseguiu criar os metamateriais sem usar ouro e nem prata, presentes em todos os protótipos construídos até agora.
Além de caros, nem sempre é possível incorporar esses metais no processo de fabricação da indústria de semicondutores, o que é necessário para que todos os avanços dos metamateriais sejam incorporados em produtos reais.
Óxido de zinco
O ouro e a prata foram substituídos por alumínio dopado com óxido de zinco (AZO).
Os meta-átomos são estruturas com até 16 camadas alternadas de AZO e óxido de zinco (ZnO).
Quando a luz passa do óxido de zinco para o AZO, ela encontra uma "anisotropia extrema", fazendo com que sua dispersão se torne "hiperbólica", alterando dramaticamente o comportamento da luz.
Segundo a equipe, as possíveis aplicações de seu metamaterial incluem uma "hiperlente plana", que poderá aumentar em 10 vezes a resolução dos microscópios ópticos - isso permitiria, por exemplo, observar diretamente moléculas de DNA.
Outras aplicações incluem coletores solares mais eficientes, sensores e, claro, melhores mantos de invisibilidade.
O metamaterial também funcionou na faixa do infravermelho do espectro eletromagnético, o que é essencial para comunicações ópticas.