Redação do Site Inovação Tecnológica - 05/10/2011
Membrana energética
Pesquisadores de Cingapura criaram a primeira membrana capaz de armazenar energia.
Em termos de estrutura, este é o sistema de armazenamento de energia mais simples já criado - muito mais simples do que as baterias e os capacitores, por exemplo - e também um dos mais eficientes.
O Dr. Xie Xian Ning e seus colegas usaram um polímero à base de poliestireno para dar sustentação à sua membrana, que eles acreditam ser a última palavra em energia.
"Com o advento da nossa nova membrana, a tecnologia de armazenamento de energia se tornará mais acessível, mais barata e produzida em larga escala. Ela também será ambientalmente mais amigável e poderá mudar o estado atual da tecnologia energética," proclamou Xie.
Incomparável
Quando é equipado com dois eletrodos metálicos, o "sanduíche" formado pela membrana e pelos filmes plásticos é capaz de armazenar 0,2 Farad (F) por centímetro quadrado.
Para comparação, um capacitor padrão consegue armazenar 1µF - 1 × 10-6 F - por centímetro quadrado.
O material também é muito mais barato. Segundo os pesquisadores, com a tecnologia atual, baseada em eletrólitos líquidos, o armazenamento de 1 F custa cerca de US$7. A nova membrana pode armazenar a mesma energia por US$0,62.
Em outro comparativo, o grupo afirma que cada dólar da sua membrana poderá fornecer entre 10 e 20 Watts/hora, enquanto uma bateria de íons de lítio fornece 2,5 Watts/hora.
Com tamanho potencial, os pesquisadores afirmam que sua tecnologia é naturalmente aplicável nos carros híbridos e elétricos.
Ela também pode ser integrada em sistemas de energia eólica e solar, para armazenar e controlar a liberação da energia gerada para a rede.
Segredo
A composição da membrana e a sua técnica de fabricação, como seria de se esperar, está sendo mantida sob sigilo.
"A membrana é altamente polarizável e seu mecanismo de armazenamento de energia é baseado na condensação-decondensação de cátions móveis da matriz negativa da membrana," escrevem os pesquisadores.
Na composição da membrana são usados sais de lítio e de sódio, e ácido sulfônico.
Os cientistas afirmam que já patentearam o invento e estão em negociações com várias empresas que se mostraram interessadas na tecnologia.